O jornalismo maranhense perdeu, na noite desta quarta-feira (22), um de seus grandes talentos: o repórter fotográfico Douglas Pires da Cunha Júnior, mais conhecido como Douglas Júnior, faleceu aos 47 anos. Reconhecido por seu trabalho nas principais redações de São Luís, sua morte deixou colegas de profissão, amigos e familiares profundamente consternados.
Douglas Júnior estava internado no Hospital Municipal Djalma Marques, conhecido como Socorrão I, em São Luís, desde o início da semana. Ele deu entrada na unidade de saúde após engolir, acidentalmente, uma espinha de peixe tambaqui, um incidente que desencadeou uma série de complicações.
De acordo com informações fornecidas por familiares, a espinha perfurou o intestino grosso do fotógrafo, resultando em uma grave infecção.
Uma carreira marcada por talento e dedicação
Douglas Júnior era filho do jornalista Douglas Cunha e seguiu os passos do pai, construindo uma trajetória sólida no jornalismo maranhense. Sua habilidade em captar imagens marcantes e narrar histórias através das lentes o destacou como um dos profissionais mais respeitados do estado.
Ao longo de sua carreira, Douglas trabalhou em veículos de grande relevância, como os jornais O Estado do Maranhão, Jornal Pequeno e O Imparcial. Sua dedicação e paixão pela fotografia jornalística o tornaram uma referência no meio, reconhecido por colegas como um profissional comprometido com a verdade e com o poder das imagens como ferramenta de comunicação.
“Douglas era mais que um fotógrafo talentoso; ele era um contador de histórias visuais. Suas fotos não apenas informavam, mas emocionavam quem as via. Sua partida deixa um vazio imenso no jornalismo maranhense”, comentou um colega de profissão.
O impacto da tragédia
A morte de Douglas Júnior foi recebida com tristeza e incredulidade. Um incidente aparentemente banal – engolir uma espinha de peixe – trouxe consequências devastadoras. A perfuração no intestino grosso, causada pela espinha, gerou uma infecção que rapidamente se agravou, levando ao desfecho trágico.
Especialistas alertam que acidentes como o de Douglas, embora raros, podem ser extremamente perigosos. Objetos perfurantes ingeridos acidentalmente têm o potencial de causar lesões internas graves, especialmente no sistema digestivo.
Infelizmente, no caso de Douglas, a infecção evoluiu rapidamente e não pôde ser revertida, mesmo com a intervenção médica.
Homenagens e despedida
Nas redes sociais, amigos, colegas de trabalho e admiradores do fotógrafo prestaram homenagens, lembrando seu carisma, talento e a paixão que dedicava ao ofício.
“Hoje o jornalismo perdeu um grande profissional e uma pessoa incrível. Douglas Júnior foi um exemplo de dedicação e amor pela profissão. Que ele descanse em paz”, escreveu um amigo em uma publicação.
O Sindicato dos Jornalistas do Maranhão também emitiu uma nota de pesar, destacando o legado de Douglas para o jornalismo no estado. “Seu trabalho será sempre lembrado como sinônimo de qualidade e compromisso com a verdade.
O corpo de Douglas Júnior será velado e sepultado nesta quinta-feira (23), em cerimônia restrita a familiares e amigos próximos.
O legado de Douglas Júnior
A partida precoce de Douglas Júnior deixa uma lacuna no jornalismo maranhense, mas também reforça o impacto que sua obra teve ao longo de sua carreira. Suas imagens não apenas documentaram fatos e acontecimentos, mas também eternizaram momentos importantes da história recente do Maranhão.
Douglas será lembrado não apenas como um profissional talentoso, mas como alguém que compreendeu o poder da fotografia na construção de narrativas. Sua sensibilidade ao capturar cenas cotidianas e sua dedicação em transmitir a realidade por meio das imagens são marcas que jamais serão esquecidas.
Enquanto familiares, amigos e colegas lamentam sua perda, o trabalho de Douglas Júnior permanece como uma inspiração para futuras gerações de jornalistas e fotógrafos, que continuarão a trilhar o caminho que ele ajudou a construir com tanta paixão.
A tragédia que tirou sua vida nos lembra da fragilidade da existência e da importância de valorizar aqueles que, como Douglas, dedicam suas vidas a documentar a história e dar voz aos acontecimentos por meio da arte e do jornalismo.