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Na Record, filha de Silvio Santos diz que chegou a ir para os EUA pedir demissão ao pai
03/07/2024

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Silvia Abravanel, de 52 anos, contou que viajou para os Estados Unidos (EUA) para pedir demissão ao pai, Silvio Santos, após receber diversas críticas nas redes sociais por comandar um programa infantil no SBT. No entanto, o dono do canal não deixou.

“Eu tenho 52 anos e as pessoas julgam. Ah, tem 52 anos e tá apresentando programa infantil, ‘tira essa velha daí’. Gente, respeitem o meu trabalho. Então chegou uma hora que falei vou entregar pra alguém tomar conta, porque eu não mereço passar por isso. Deixei o Twitter pra nunca mais voltar”, inicia em entrevista ao “Domingo Espetacular”.

Depois do ocorrido, Silvia viajou para os EUA e pediu demissão do SBT, no entanto, o pai não deixou.

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“Ele foi muito certo nessa atitude dele, porque se não fosse assim, ‘vai e enfrenta os leões’, talvez eu não estaria mais aqui, apresentando, engolindo todo mundo que tinha que engolir e não teria feito meu trabalho como estou fazendo até hoje, há oito anos”.

Trabalhando no SBT desde a adolescência, Silva comentou que precisou pedir que o pai a tratasse como funcionária no canal e não como filha. "É o que sempre falo. Tem dois homens aí, né? Tem o Silvio Santos como apresentador, como chefe, meu diretor e meu mestre, e tem o Senor Abravanel. Então, no momento que eu pedi isso, porque eu tive que pedir pra ele fazer essa divisão, né? Porque ele estava me tratando como filha e isso estava atrapalhando o nosso relacionamento pessoal, eu cheguei e falei: ‘vem cá, preciso que você me trate como funcionária’.

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Então eu dividi o pai do chefe”, revelou.

“Eu comecei como assistente de estagiário lá embaixo mesmo, porque sou formada em medicina veterinária e meu sonho sempre foi veterinária. Ele [Silvio] me levou para trabalhar com ele, porque era o sonho dele, mas eu sempre falava ‘eu vou fazer faculdade’, mas eu tinha 16 anos, então é um longo período. [...] As pessoas acham que você já chega lá dirigindo, apresentando, mas não foi isso. Eu cheguei de baixo”, destaca.

O pedido de apresentar o “Bom Dia e Cia”, que ela dirigia, veio do próprio pai. “Para virar apresentadora, ele falou: ‘se vira aí filha. Você já se virou em tanta coisa, isso aqui é mais uma’,” recorda.

Sobre dirigir o pai, ela conta que foi um desafio. “Maior medo da minha vida, depois dos meus partos, mas a gente foi indo e algumas vezes ele falava ‘você não sabe de nada, fica quieta aí no seu canto’.

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Depois ele voltava e falava ‘dona Silvia, como é isso mesmo?’, porque ele me chamava de ‘dona Silvia’, ‘como era aquilo mesmo?’ Depois ele deixava entrar”.

“Sou muito ferrenha no trabalho, quem trabalha comigo fala ‘você é brava’, não é que eu sou brava, gosto das coisas muito certinhas. Você não sabe, não conseguiu entender, vem e pergunta. E ele me ensinou isso. Ele é um homem incrível, muito bravo, aprendi às duras penas com ele, com muito grito, xingamento, mas eu aprendi a trabalhar em qualquer lugar e programa”, acrescenta.

Como é o Senor Abravanel?

“Ele é um homem incrível, um homem bravo, ele sempre foi pai quando tinha que ser, ele não era aquele paizão de colocar no colo, botar na cama, vem cá e vamos fazer lição de casa, mas ele sempre foi um pai presente, educou a gente muito bem e eu posso falar ‘eu tenho meu pai como meu melhor amigo’.

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Meu pai não falhou em nada. A educação que ele me deu foi a mais perfeita do mundo”, diz.

Sobre o “Silvio pai”, ela conta o que mais aprendeu com ele. “Aquela coisa de caráter, de dignidade, de honrar os compromissos, ser justa, correta e como chefe a mesma coisa. Ele nunca tratou ninguém com indiferença, tratou muito bem os funcionários e, desde pequena, eu falei ‘estou com vocês, não quero ser tratada como filha do dono pra minha experiência e bagagem de vida.”

E as irmãs?

“Nós somos mulheres muito geniosas, nós todas temos personalidades muito fortes. Ele tem, minha mãe Íris tem, então eles criaram a gente para sermos leoas, guerreiras e saber o que queremos para o mundo.”

Adoção

Adotada com três dias de vida, Silvia tem duas mães: Cidinha (do primeiro casamento de Silvio) e Íris Abravanel (atual esposa dele).

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“Eu passei muito pouco tempo com a minha mãe, ela adoeceu, era muito pequena, eu tinha quatro anos. Lembro que ela era uma mãe muito carinhosa, muito querida, me fazia cafuné”, comenta.

“Quando eu conheci a mãe Iris, cheguei nela e perguntei: ‘você pode ser minha mãe?’ Eu precisava de uma referência e ela falou: ‘claro, de agora em diante eu sou sua mãe’. A gente tem um excelente relacionamento”, esclarece.

Silvia descobriu que era adotada com 4 ou 5 anos. “Minha irmã ficava falando: ‘você é adotiva’. E eu achava que tinha ‘adotiva’ [que era uma doença]. Cheguei no meu pai e perguntei. Ele falou: ‘onde você ouviu essa palavra’, aí eu falei: ‘Cíntia que me falou’. Não tinha Patrícia, Rebeca e Renata, e ele explicou que eu não era filha da barriga, eu era do coração, eu falei: ‘então tá bom, se não tô doente, tá tudo certo’.

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E eu sempre levei isso numa boa”.

Vida pessoal

Hoje, Silvia é mãe de Amanda, de 18 anos, e Luana, de 25, que foi diagnosticada com galactosemia, uma doença genética rara, ainda bebê. “Descobri quando ela tinha 1 ano e 1 mês. Então tive que correr contra o tempo, porque a doença mata. A Luana veio para a nossa vida, a minha principalmente, pra me ensinar diariamente a ser um ser humano melhor. A gente aprende a valorizar coisas que o ser humano não dá valor.” De acordo com Silvia, a história da pequena inspirou a criação do Teletom.

Silvia foi casada duas vezes e, atualmente, está noiva do cantor sertanejo Gustavo Moura, dupla de Rafael. “Hoje eu digo que tô vivendo o amor”, diz apaixonada. Os dois se conheceram na internet.

Apaixonada por animais, ela tem cavalos e uma jiboia chamada Era, de 2 anos.

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