Um homem de 35 anos foi preso, suspeito de assassinar a estudante de farmácia Ianca Victoria de Oliveira Silva. O corpo da jovem foi encontrado em uma área de mata na cidade de Registro, em São Paulo. De acordo com informações obtidas pelo , Ianca foi vítima de um golpe de "mata-leão", que causa asfixia, durante uma tentativa de roubo.
A jovem Ianca Victoria, de 19 anos, desapareceu após ligar para o namorado pedindo socorro, logo depois de sair do Centro Universitário do Vale do Ribeira (Unisepe). Ela foi vista pela última vez por amigos na faculdade, localizada próxima ao local onde seu corpo foi encontrado na manhã seguinte.
O delegado Marcelo de Freitas, da Delegacia Seccional de Registro, informou em entrevista à TV Tribuna, afiliada da Globo, que a investigação está sob sigilo.
Segundo o delegado Marcelo de Freitas, desde o assassinato da jovem, a Polícia Civil vinha conduzindo diligências para elucidar o caso. "Reunimos diversas provas, incluindo técnicas, tecnológicas, científicas, levantamentos de campo, fragmentos de imagens e exames de DNA", detalhou o delegado.
"A polícia tem uma gama [de elementos], várias provas foram produzidas que nos levaram até esse investigado que, na data de ontem [segunda-feira], teve a prisão temporária decretada após nossa representação ter sido apreciada pelo poder judiciário", disse o delegado.
De acordo com informações apuradas pelo , o suspeito foi detido próximo a um terreno abandonado no Jardim das Palmeiras.
O inquérito ainda não foi concluído, mas a principal linha de investigação aponta para latrocínio, já que a jovem foi assassinada durante uma tentativa de roubo. O suspeito teria tentado levar o celular de Ianca, mas o aparelho caiu na área de mata e, devido à escuridão, não foi encontrado por ele.
De acordo com a Polícia Civil, os ferimentos encontrados no corpo da vítima e as circunstâncias do crime indicam que a morte foi causada de maneira violenta, com a possível causa sendo asfixia, provavelmente provocada por um golpe "mata-leão".
A investigação foi conduzida pelos policiais da DIG de Registro, em colaboração com a Delegacia Seccional de Polícia da cidade.
Rosa, mãe de Ianca Victoria, contou que o namorado da filha recebeu uma ligação dela pedindo socorro na noite de 11 de setembro. Ao tentar registrar um boletim de ocorrência na delegacia, foi orientada a voltar no dia seguinte, pois um crime estava sendo apresentado naquele momento.
Quando Rosa retornou à delegacia no dia 12, foi informada de que a polícia já estava investigando o caso. Ao deixar a delegacia, os agentes chamaram seu marido para uma sala.
Rosa descreveu Ianca como uma jovem estudiosa e querida por todos, sem inimigos aparentes. Ianca estava no 1º ano do curso de farmácia e trabalhava em uma loja de roupas. Ela aguardava o ônibus na frente da faculdade, mas ainda não se sabe o que ocorreu quando ela se afastou do grupo de pessoas que estava esperando no ponto de ônibus.
A família de Ianca está profundamente abalada, sem respostas sobre quem cometeu o crime ou sua motivação. O caso, investigado como homicídio pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG), causou grande comoção pela brutalidade. As polícias Civil e Militar estiveram no local, e o Instituto de Criminalística (IC) recolheu objetos, incluindo uma mochila ensanguentada, que podem ajudar nas investigações — não se sabe se a mochila pertence à vítima.
A Unisepe, onde Ianca estudava, publicou um comunicado em suas redes sociais lamentando a perda. "Nossos corações estão em luto pela perda irreparável de nossa querida aluna do curso de farmácia. Que a paz a envolva, e a sua memória seja eternamente lembrada".