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Sobrinha de médico que morreu em abrigo no RS compartilha carta aberta nas redes: “morrer é ridículo”
16/05/2024

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A nutricionista Amanda Medice, de 22 anos, fez uso de suas redes sociais e compartilhou uma “carta aberta”, na qual “chora” a morte de seu padrinho, o médico Leandro Medice Passos Costa, 41 anos.

O profissional que era especializado na área de cardiologista veio a óbito na última segunda-feira (13) em um abrigo no município de São Leopoldo (RS), na região metropolitana da capita do Rio Grande do Sul.

“Como assim???”, perguntou a sobrinha bastante incrédula ao falar sobre a morte do tio.

Os dois tinham planos futuros de almoçar nos próximos dias e, de acordo com a jovem, o médico também tinha outros projetos pessoais que gostaria de realizar.

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“Morrer é ridículo”, escreveu ela bastante emocionada.

“De uma hora pra outra, tudo termina num infarto no meio da tragédia que você foi ajudar no Rio Grande do Sul”, emendou ela em seu depoimento.

No aniversário de Amanda, que aconteceu em outubro do ano passado, Leandro Medice publicou em suas redes uma declaração à sua sobrinha e também afilhada, que chamava carinhosamente de “filhota”.

“Aniversário da minha filhota! Minha pequena, minha princesa… 22 aninhos de pura alegria dessa que é minha cópia, minha sósia… gosta das mesmas coisas que eu e não gosta das mesmas coisas também… rs eu te amo! conte sempre comigo! minha menina!”, escreveu ele na legenda da foto publicada.

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Ainda no decorrer desta semana, o dermatologista Carlos José Cardoso soltou em suas redes sociais um vídeo comentando o ocorrido com o médico.

Cardoso estava acompanhando Leandro na viagem para o Sul do país.

Últimas horas de vida

De acordo com o dermatologista, horas antes de ser encontrado sem vida, o médico demonstrava estar bem. Vale lembrar que os dois saíram do Espírito Santo na madrugada de domingo (12) para trabalhar, de forma voluntária, no atendimento às vítimas da chuva no Rio Grande do Sul. No dia seguinte, Leandro foi encontrado morto.

A clínica onde Leandro trabalhava fez uma publicação em uma rede social na qual diz que o médico sofreu um mal súbito.

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Ainda segundo com Carlos José, contudo, até o momento, não se sabe o que causou essa situação.

No último domingo, o médico fez uma publicação em que informava a ida ao município de São Leopoldo em uma missão humanitária para ajudar no atendimento médico à população gaúcha que vem sofrendo em função das fortes chuvas.

“O sul tá precisando da gente, então a gente saiu um pouquinho da nossa rotina e do nosso conforto de consultório”, contou.

Leia a íntegra da carta escrita pela afilhada de Leandro:

“Carta aberta para o meu dindo:

Morrer é ridículo.

Você combinou o que iríamos almoçar na semana seguinte, está com planos de reformar sua casa, está preocupado com contas, com várias ideias para o instituto… e do nada, pela manhã, morre.

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Como assim??? E os e-mails que você não leu? sua toalha molhada no varal? suas roupas para lavar? o instituto para limpar? os pacientes? a nossa família? Você passou mais de 10 anos estudando, se profissionalizando… fez fisioterapia, medicina, se especializou em cardiologia, intensivista, transplante capilar… De uma hora pra outra, tudo termina num infarto no meio da tragédia que você foi ajudar no Rio Grande do Sul.

Morrer é uma loucura. Te obrigada a sair da festa na melhor hora, sem se despedir de ninguém, sem ter um último abraço ou um último “te amo”. Dindo, meu amor, éramos tão iguais e nunca me imaginei escrevendo isso para você… para sempre serei sua filha, sua cópia!
Eu te amo além da vida, com amor, sua filha do coração,

Amanda.”

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