Na noite desta segunda-feira, 3, Neymar reuniu celebridades do entretenimento e do esporte para a quarta edição do Leilão Beneficente do Projeto Instituto Neymar.
Para o evento, o craque apostou em um look todo preto, com um blazer de veludo, camisa social e par de tênis esportivos. Além de um acessório de luxo.
Trata-se de um relógio de pulso, modelo Richard Mille 68-01 'Kongo.
Com apenas 30 exemplares pelo mundo, o item é assinado pelo pintor francês Cyril Kongo Phan e pode chegar a custar até R$ 9,4 milhões, de acordo informações de sites especializados na venda desses itens de luxo.
Além deste, o jogador possui uma coleção avaliada em mais de R$ 24 milhões, conforme noticiou o portal IG.
Entre os lotes oferecidos no leilão, estava uma "experiência" no Flamengo e um churrasco na casa do jogador do rubro negro Léo Pereira.
Além de um final de semana em Mangaratiba com a família do craque, . E quem abriu a carteira e arrematou os três lotes foi a Musa do Salgueiro, Tati Barbieri e o marido, Roman Shakal.
Nas redes sociais, ela comemorou a conquist
", disse.
O evento arrecadou R$ 21 milhões, que será destinado às atividades socioeducativas da associação.
O valor superou - e muito - o valor arrecadado nas outras edições.
Em 2023, o leilão captou cerca de R$ 9 milhões. Já em 2018 e 2017, a arrecadação não passou de R$ 4 milhões.
O Leilão Beneficente do Projeto Instituto Neymar certamente foi um evento de arrecadação de fundos de sucesso, mas não podemos deixar de questionar alguns aspectos dessa celebração extravagante.
A ideia de ostentar relógios de pulso de luxo de milhões de reais em um evento filantrópico pode parecer contraditória para alguns, pois desafia a ideia de solidariedade e generosidade que normalmente associamos a essas ocasiões.
Entretanto, é importante notar que há uma complexidade por trás dessas ações aparentemente superfluas.
A cultura das celebridades e o desejo de exclusividade e status podem influenciar indivíduos a exibir sua riqueza de forma extravagante, mesmo em eventos de caridade.
A necessidade de validação social e o desejo de ser admirado podem motivar esses comportamentos, resultando em um cenário onde a caridade e o excesso se entrelaçam de forma confusa.
Porém, a crítica não deve ser direcionada apenas às celebridades.
A sociedade em si muitas vezes valoriza mais o que é material e superficial do que o que é essencial e significativo.
É importante repensarmos nossos valores e prioridades, questionando se exibir riqueza é realmente um sinal de sucesso ou se a verdadeira riqueza está na capacidade de fazer a diferença na vida dos outros.
Em última análise, enquanto eventos como este podem levantar quantias significativas de dinheiro para causas nobres, devemos lembrar que a verdadeira generosidade vai muito além dos bens materiais e dos leilões de celebridades.
A generosidade sincera e desinteressada é aquela que vem do coração, sem a necessidade de reconhecimento público ou recompensas tangíveis.
É nisso que devemos nos concentrar como sociedade, lembrando-nos de que a verdadeira caridade está enraizada na compaixão e na empatia genuína.