Uma advogada de 70 anos foi vítima de um ataque violento após discutir com a síndica de um prédio e o filho dela, em janeiro deste ano, no Centro do Rio de Janeiro. O incidente foi registrado por câmeras e as imagens ganharam grande repercussão nas redes sociais nesta semana. A Polícia Civil investiga o caso como tentativa de homicídio.
A vítima, identificada como Sonia Maria do Socorro Fernandes, procurou a administração do prédio onde possui duas salas comerciais para cobrar boletos condominiais que alegava não ter recebido. Segundo a advogada, ela havia prestado serviços ao prédio e, como parte do acordo, teria direito à isenção do pagamento do condomínio por um período determinado, compromisso que não foi cumprido pela administração.
Ao chegar ao local, Sonia iniciou uma discussão com Juan Carlos Marques de Deus, filho da síndica Carmem Silva Ferreira Marques.
A confusão continuou e, instantes depois, Carmem retornou para a sala de administração, onde a discussão com Sonia persistiu. Em um momento de violência extrema, Juan Carlos empurrou a advogada escada abaixo. Enquanto a vítima permanecia inconsciente no chão, Carmem fechou a porta da administração sem prestar socorro.
Sonia ficou desmaiada por mais de cinco minutos antes de ser resgatada pelo Corpo de Bombeiros. Ela foi encaminhada ao Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro do Rio, onde recebeu atendimento médico. Devido aos ferimentos, precisou levar 15 pontos na cabeça e sofreu lesões na coluna que a obrigaram a utilizar duas muletas para se locomover.
A cliente que presenciou a agressão acionou imediatamente a Polícia Militar. No entanto, Juan Carlos fugiu antes da chegada dos agentes. Carmem, por sua vez, foi presa em flagrante no dia 6 de janeiro sob acusação de tentativa de homicídio. Posteriormente, após a análise das imagens que comprovaram que ela não foi a responsável pelo empurrão, a síndica foi solta no dia 15 de janeiro.
Em entrevista, Sonia relatou sua surpresa com a violência do ocorrido. "Eu só estava lá para resolver essa situação. O filho dela começa a me agredir, e a síndica me agride também", declarou.
A investigação segue em andamento e as autoridades já solicitaram a prisão de Juan Carlos, que permanece foragido. O caso continua a repercutir, e a polícia trabalha para localizá-lo e responsabilizá-lo pelo crime. Enquanto isso, Sonia segue em recuperação, buscando justiça pelo ataque sofrido.