Um dos casos criminais mais chocantes do Brasil voltou aos holofotes com uma nova e surpreendente reviravolta. Eliza Samudio, desaparecida em 2010 e oficialmente declarada como morta, teve uma suposta carta psicografada atribuída a ela divulgada recentemente. A revelação foi feita pela vidente Chaline Grazik e trouxe novos detalhes sobre o crime que há mais de uma década choca o país.
Divulgada nesta quinta-feira, 3 de agosto, a mensagem teria sido recebida pela vidente em 2022, mas só agora veio a público. Segundo Chaline, a carta descreve momentos angustiantes vívidos por Eliza no dia de sua morte, incluindo detalhes sobre os envolvidos no crime e o destino de seu corpo. A notícia foi publicada pelo portal Metrópoles e gerou grande repercussão.
De acordo com a vidente, Eliza teria contado que, no momento do crime, tentou pedir ajuda, mas ninguém atendeu aos seus apelos. “Foi cruel, foi horrível. Eu tentei pedir socorro, mas ninguém me ouviu. Meu pescoço doía tanto, apertaram, até faltar oxigênio no meu corpo”, teria dito Eliza através da mensagem.
A carta também menciona a presença de um homem desconhecido, identificado apenas por sua aparência. “Vi um homem mal-encarado, de pele morena e camiseta vermelha. Naquele dia, eu nem sabia quem era ele. Meu espírito saiu do corpo, e eu fiquei perto de uma árvore observando tudo”, ontem a mensagem psicografada.
Além disso, Eliza teria descrito o nervosismo dos crimes enquanto decidia ocultar o corpo.
Um dos trechos mais impactantes da suposta carta que descreve o destino final do corpo de Eliza. Segundo Chaline, a jovem afirmou que foi jogado em um rio pelos envolvidos no crime. “Até que meu corpo ficou no fundo. Eles tinham cara de apavorados, mas mesmo assim fizeram o que fizeram. Eu vi tudo, senti tudo”, finaliza o relato psicografado.
O desaparecimento de Eliza Samudio aconteceu em janeiro de 2010. Na época, ela tinha apenas 25 anos e era mãe de um recém-nascido, fruto de sua relação com o goleiro Bruno Fernandes.
Segundo as investigações, ela foi mantida em cárcere privado antes de ser morta por asfixia. O caso teve ampla cobertura da mídia e provocou indignação em todo o país, especialmente pela crueldade dos detalhes revelados ao longo do julgamento.
Em 2013, Bruno Fernandes foi condenado por homicídio triplamente qualificado, sequestro e cárcere privado. A pena de 22 anos e três meses incluiu também a ocultação do corpo e o sequestro do filho de Eliza. Desde então, o goleiro passou por diferentes regimes prisionais, obtendo liberdade condicional em 2023.
A revelação da vidente Chaline Grazik dividiu opiniões. Para alguns, a carta psicografada reacende esperanças de respostas definitivas sobre o caso. Para outros, a prática gera desconfiança, por não ser reconhecida cientificamente e por sua natureza subjetiva.
Chaline é conhecido por especializações relacionadas às celebridades e afirma ter se conectado com o espírito de Eliza para receber os relatos do crime. Embora as informações tenham sido geradas como ação, não há acusações de que elas serão usadas em formais.
A complexidade e a brutalidade do caso Eliza Samudio serviram de base para a série documental “A Vítima Invisível: O Caso Eliza Samudio” , lançada em 2024 pela Netflix. A produção explora os detalhes do crime, a luta por justiça e as consequências para todos os envolvidos.
Mais de uma década após o desaparecimento de Eliza Samudio, o caso permanece como um símbolo de luta contra a violência de gênero e a impunidade. A ausência do corpo da jovem e as dúvidas persistentes sobre os detalhes do crime continuam a teorias e debates alimentares.
A suposta carta psicografada trouxe novos elementos para um mistério ainda sem conclusão. Contudo, o principal legado de Eliza é o alerta sobre a necessidade de proteger as mulheres da violência e garantir que os casos de feminicídio sejam investigados com rigor.
Enquanto as informações reveladas por Chaline Grazik dividem opiniões, o nome de Eliza Samudio permanece como um lembrete da urgência de mudanças em um país que ainda enfrenta índices alarmantes de violência contra mulheres.