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Repórter da Globo é obrigado a encerrar transmissão em meio a xingamentos no RS
13/05/2024

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Durante a cobertura das intensas chuvas que assolam o estado do Rio Grande do Sul, um profissional da imprensa da emissora Globo se viu forçado a encerrar uma transmissão ao vivo devido a um coro de insultos vindo do público presente.

O acontecimento teve lugar durante o programa vespertino Jornal, da RBS, afiliada da Globo na região sul.

Enquanto o repórter tentava entrevistar um voluntário em um abrigo na cidade de Canoas, pessoas ao fundo começaram a gritar "Globo Lixo".

Um dos presentes até instigou outros a se juntarem ao protesto contra a emissora de Roberto Marinho.

Diante da situação, o jornalista se viu incapaz de dar seguimento à entrevista e optou por interromper a transmissão, prometendo retornar após uma possível organização do ambiente.

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"Vamos organizar melhor aqui e dentro em breve voltaremos a dialogar com as pessoas que estão um pouco incomodadas com a situação", declarou ele ao pedir outra conexão com o estúdio.

Frente a esse episódio, os apresentadores do telejornal não esconderam a indignação com o acontecido, evidenciando a tensão provocada pela situação.

O incidente revela a polarização social e política presentes no país, ilustrando a complexidade do cenário em que os profissionais da mídia exercem suas funções em meio a um ambiente hostil.

Espera-se que episódios como este levem a reflexões sobre a liberdade de imprensa e o respeito pelo trabalho dos jornalistas.

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Pai choca ao relatar como salvou filha de oito dias durante enchente do RS

O estado do Rio Grande do Sul continua a sofrer as consequências das fortes chuvas que assolaram a região, causando inundações e destruição em todo o estado.

Marcelo Cosme, jornalista da Globonews, entrevistou na quarta-feira (8) um homem identificado como Patrick, que estava em um abrigo em Porto Alegre e relatou como salvou a vida de sua filha, Lara, de apenas oito dias.

"Tivemos que retirá-la do segundo andar da casa. Tive que usar aquela mochila ali. Coloquei ela dentro, acolchoei para que não se machucasse, para que ficasse segura.

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Então eu abracei a mochila com uma mão e usei a outra para me mover", contou o pai da criança.

"Foi a única maneira que você viu de salvar a Lara porque a água estava passando pelo telhado", comentou o repórter.

"Foi a única saída, não havia outra opção, a água era muita. Ela é muito pequena, se caísse na água... Uma criança um pouco maior poderia sobreviver, mas se ela caísse, não haveria solução. Foi a única forma, usar a mochila para pelo menos ter segurança ao passar pelo telhado", disse o homem.

"Ele está muito preocupado com o futuro, o que vai acontecer. Como irá voltar para casa? Que casa vocês têm? O que possuem?", perguntou Marcelo.

"Não temos mais nada. A água invadiu toda a casa. Passou por cima da casa. Já passamos por duas enchentes, as anteriores não foram tão agressivas.

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Conseguimos voltar para casa e recomeçar, mas agora não temos mais nada", lamentou Patrick.

Segundo o último boletim da Defesa Civil do Rio Grande do Sul, houve 107 vítimas fatais, 754 feridos e 134 desaparecidos devido à catástrofe. 395.600 moradores da região estão deslocados, sendo 68.519 em abrigos e 327.105 desalojados, enquanto a região enfrenta a árdua tarefa de se recuperar dos danos causados pelas enchentes.

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