À medida que a vida se aproxima de seu fim, muitas pessoas começam a refletir sobre as decisões tomadas ao longo dos anos e sobre o que poderiam ter feito de maneira diferente. Shoshana Ungerleider, médica especializada em cuidados paliativos, passou boa parte de sua carreira acompanhando pacientes em fase terminal. Durante essas experiências, ela escutou diversas histórias sobre os maiores arrependimentos das pessoas nos últimos momentos de vida.
Aos 44 anos e residente em São Francisco, nos Estados Unidos, Dr. Ungerleider compartilhou com o portal CNBC Make It as cinco principais coisas que seus pacientes mais lamentam no leito de morte. Segundo ela, essas lições podem servir como um lembrete valioso para todos nós vivermos o presente de forma mais plena.
A médica enfatiza que essas lições não se aplicam somente àqueles que estão no final da vida, mas que podem servir de orientação para qualquer pessoa, em qualquer momento da vida. “Ao longo de nossas vidas, o momento presente é tudo o que temos”, destaca Dr. Ungerleider.
Entre os cinco arrependimentos mais comuns mencionados por seus pacientes, estão:
Não passar tempo suficiente com as pessoas que amamosTrabalhar em excessoDeixar o medo guiar decisões, evitando riscos necessáriosFalta de coragem diante de incertezas e oportunidadesFocar demais no futuro, perdendo a conexão com o presenteAlém dessas reflexões, Dr. Ungerleider reforça a importância de cultivar hábitos saudáveis, como manter uma boa alimentação e praticar exercícios físicos regularmente. Ela também incentiva que todos, independentemente da fase da vida em que se encontram, reflitam sobre a própria mortalidade. Para ela, essa reflexão pode ajudar a viver de maneira mais plena e significativa. "Pensar sobre nossa mortalidade, seja aos 20, 50 ou 80 anos, nos faz valorizar o que realmente importa", afirma a médica.
Essa visão é compartilhada por outros profissionais que lidam com pacientes em estado terminal. Hadley Vlahos, uma cuidadora que tem mais de oito anos de experiência atendendo pacientes em seus últimos momentos, usa a rede social TikTok para compartilhar histórias comoventes sobre o que seus pacientes costumam dizer em seus momentos finais.
Outro arrependimento comum, segundo Hadley, é o apego excessivo a bens materiais. "Lembro-me de uma paciente que morava em uma mansão. Ela, deitada em sua cama hospitalar, percebeu que não podia levar nada consigo. No fim das contas, o que realmente importa são as pessoas que estão ao nosso lado."
Esses relatos nos convidam a refletir sobre nossas escolhas e sobre o que, de fato, tem valor em nossas vidas.