A cantora Preta Gil, aos 50 anos, compartilhou na última quinta-feira (22/8) que está enfrentando uma recidiva do câncer e está passando por uma terapia personalizada para tratar a doença. Aos poucos, ela tem revelado detalhes de sua luta contínua contra o câncer, mantendo seus fãs e o público informados sobre os desafios que enfrenta.
Atualmente, Preta está lidando com o câncer em quatro locais distintos: em dois linfonodos na região da virilha, no ureter (os ductos que conectam os rins à bexiga) e no peritônio, uma membrana fina que reveste a cavidade abdominal. Essas novas manifestações da doença exigiram uma abordagem terapêutica ainda mais específica e complexa, que foi cuidadosamente planejada por sua equipe médica.
Segundo o oncologista da cantora, ela está sendo submetida a um tratamento altamente personalizado, que visa conter o avanço dos tumores.
A terapia-alvo é uma das estratégias mais avançadas no combate ao câncer. Diferente da quimioterapia convencional, que ataca tanto as células cancerígenas quanto as saudáveis, as terapias-alvo focam exclusivamente nas células tumorais, poupando as células normais. Isso é possível porque esses medicamentos são desenvolvidos com base em biomarcadores específicos do tumor de cada paciente, atuando diretamente nas mutações que causam o câncer.
Um exemplo disso é o bevacizumabe, um dos medicamentos utilizados no tratamento de Preta Gil. Ele atua inibindo o crescimento dos tumores ao impedir o suprimento sanguíneo que os alimenta, tornando-o eficaz no combate a tumores metastáticos. No entanto, por se tratar de uma terapia personalizada e de alta tecnologia, o bevacizumabe tem um custo elevado, com cada dose superando os R$ 2 mil, o que pode limitar seu acesso a alguns pacientes.
Além do bevacizumabe, o tratamento de Preta Gil inclui o uso de fluoruracila, que pode ser administrada de forma injetável ou tópica. Este medicamento é particularmente eficaz em casos de tumores intestinais, retais ou ginecológicos, especialmente quando outras intervenções, como cirurgias, não obtiveram sucesso.
A jornada de tratamento de Preta Gil envolve ainda sessões regulares de quimioterapia, com uma média de quatro ciclos a cada três meses. Além dos desafios físicos impostos pelo câncer, a cantora tem demonstrado uma força emocional notável, mantendo uma postura resiliente e otimista frente à adversidade. Segundo a cardiologista Roberta Saretta, membro da equipe do Hospital Sírio-Libanês que acompanha Preta, essa atitude positiva tem um impacto significativo na forma como os pacientes respondem ao tratamento.
A batalha de Preta Gil contra o câncer é um testemunho de sua força e determinação. A combinação de terapias avançadas, como a terapia-alvo, com sua resiliência pessoal, reflete os avanços na medicina e a importância de uma abordagem holística no tratamento do câncer. Enquanto enfrenta essa difícil jornada, Preta continua inspirando muitos com sua coragem e fé na vida, mostrando que, mesmo diante das maiores adversidades, é possível encontrar esperança e força para seguir em frente.