Na recente edição do programa “Dois às 10”, da TVI, Cristina Ferreira partilhou uma conversa curiosa que teve com o seu filho, Tiago, sobre o tema das viagens. Este relato, que ocorreu nos minutos finais do programa, traz à tona uma reflexão sobre a relação que os jovens têm com o mundo e a forma como percebem as experiências que podem viver.
Neste momento de descontração, Ferreira questionou o filho sobre se sentia saudades de viajar, uma prática que muitos consideram essencial para o crescimento pessoal e cultural. Para sua surpresa, Tiago respondeu negativamente, afirmando que não tinha interesse em explorar novos destinos. Essa resposta provocou um momento de riso, mas também de reflexão, especialmente porque revela a perspectiva do jovem em relação às viagens.
Cristina, ao escutar a resposta do filho, lembrou-se de quantas experiências já lhe proporcionou. Ela afirmou: "Oh Tiago, tanta gente a querer viajar e tu, que tens essa possibilidade, não queres ir." Essa afirmação destaca a diferença entre a visão adulta e a visão juvenil: enquanto os adultos often valorizam a viagem como uma forma de enriquecer a vida e adquirir novas experiências, os jovens podem nem sempre partilhar do mesmo entusiasmo. Para Tiago, já ter viajado bastante poderia ter gerado um certo cansaço em explorar novos lugares, uma sensação que muitos jovens podem sentir após visitar locais variados em tenra idade.
A apresentadora prosseguiu a conversa, refletindo sobre as fases da vida e como os interesses e desejos mudam com o passar do tempo: “Aos 16 é isto, a gente depois para aí aos 20 e tal percebe outra vez que é melhor ir.” Cristina Ferreira percebe que essa fase da adolescência pode ser marcada por outras prioridades, onde a vontade de explorar o mundo exterior pode não ser tão forte quanto em outras etapas da vida. É um momento natural do desenvolvimento, onde cada idade traz seus próprios desafios e interesses.
Cláudio Ramos, co-apresentador do programa, também contribuiu para o debate, acrescentando que os jovens “estão noutra idade”, mas que eventualmente eles “voltam sempre”, indicando que, à medida que crescem e amadurecem, muitos jovens redescobrem a curiosidade pelo mundo que os rodeia.
Por fim, Cristina expressou a sua tranquilidade em relação à atitude do filho: “Mas eu estou muito tranquila, eu sou uma mãe muito tranquila por acaso.” Essa postura demonstrativa de aceitação e compreensão é essencial na dinâmica entre pais e filhos. Ser um pai ou mãe tranquilo que respeita as escolhas do filho pode criar um ambiente seguro, onde a criança se sente à vontade para expressar seus sentimentos e pensamentos sem medo de julgamento.
A resposta de Tiago, por mais inesperada que tenha sido, não é um sinal de desinteresse, mas sim uma expressão genuína de onde ele se encontra na sua vida.
Neste relato, é evidente que as conversas simples entre pais e filhos podem ser portas de entrada para discussões mais profundas sobre interesses, vida e crescimento pessoal. É uma lembrança de que cada fase da vida tem suas peculiaridades e que, com o tempo, as percepções e desejos evoluem. Assim, ao final, o que importa é a conexão e o amor que perpassa essas interações, criando laços ainda mais fortes entre família.