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Atentado contra Trump: Análise do celular do atirador foi 70% concluída, diz agente
15/07/2024

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Os investigadores concluíram cerca de 70% da análise do celular , de acordo com um agente das forças de segurança.

Até agora, eles não encontraram nada que forneça uma pista sobre  o ex-presidente, ainda segundo a fonte.

Os investigadores também devem vasculhar o laptop do atirador, na esperança de que isso revele pistas.

Os pais de Crooks, que têm cooperado com a polícia desde a tentativa de assassinato, disseram que ele não parecia ter amigos e não aparentava ter nenhuma inclinação política, destacou o agente.

Quem é Thomas Matthew Crooks?

Thomas Matthew Crooks morava no subúrbio de Bethel Park, em Pittsburgh, a cerca de uma hora de carro ao sul do comício de Trump, onde autoridades policiais dizem que ele atirou no ex-presidente.

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CNN entrevistou mais de meia dúzia de ex-colegas de classe e vizinhos do jovem, que o retrataram como quieto e indiferente. Colegas de classe se lembraram dele como um “desajustado” no ensino médio.

Além disso, uma revisão de registros públicos sugere que ele pode ter tido inclinações políticas divergentes, se registrando para votar como republicano, mas fazendo uma pequena doação para um grupo de inclinação democrata.

*5 perguntas que Serviço Secreto terá de responder sobre atentado contra Trump

Por que o telhado onde estava o atirador não foi protegido com antecedência?

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Ainda não está claro como o atirador Thomas Matthew Crooks conseguiu acesso ao telhado de um prédio próximo ao comício, a pouco mais de 130 metros de Trump.

De acordo com a emissora NBC News, que citou duas fontes familiarizadas com as operações do Serviço Secreto, o telhado era uma vulnerabilidade conhecida antes do evento.

"Alguém deveria estar no telhado ou protegendo o prédio para que ninguém pudesse subir no telhado," citou uma das fontes da NBC.

Além da questão do acesso, foi sugerido que a linha de visão do telhado para a área onde estava Trump deveria ter sido bloqueada.

Crooks não deveria ter conseguido uma visão direta para Trump, disse o Secretário de Segurança Interna, Alejandro Mayorkas, à emissora ABC News nesta segunda-feira (15/7).

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Mayorkas afirmou que a investigação deve "estudar o evento de forma independente e fazer recomendações ao Serviço Secreto e a mim".

Alertas sobre o atirador foram repassados?

Uma testemunha ocular do tiroteio disse à BBC que ele e outras pessoas haviam "claramente" avistado Crooks rastejando pelo telhado com um rifle.

Eles alertaram a polícia, mas o suspeito continuou se movendo por vários minutos antes de disparar os tiros e ser morto, segundo a testemunha.

O agente especial do FBI Kevin Rojek admitiu que foi "surpreendente" o fato de o atirador ter conseguido abrir fogo.

O xerife local confirmou que Crooks foi avistado por um policial, que não conseguiu detê-lo a tempo.

Algo que ainda não está claro é se essa informação chegou aos agentes que protegiam Trump.

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Crooks já estava no radar das autoridades, de acordo com policial que falou anonimamente com a emissora CNN. Essa pessoa disse que os policiais acharam que jovem estava agindo de forma suspeita perto dos magnetômetros (equipamento que consegue identificar objetos metálicos) do evento.

Essa informação teria sido transmitida ao Serviço Secreto.

O Serviço Secreto dependeu demais da polícia local?

O atirador disparou os tiros a partir de uma área que a polícia descreveu como "anel secundário", que era patrulhado não pelo Serviço Secreto, mas por policiais locais e estaduais.

Um ex-agente do Serviço Secreto disse que esse tipo de arranjo só funciona quando há um plano claro sobre o que fazer quando um perigo é detectado.

"Quando você depende dos parceiros locais, o melhor é ter tudo planejado cuidadosamente e informar a eles o que você espera que façam em relação a uma ameaça", disse Jonathan Wackrow ao jornal 

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Washington Post.

O xerife local admitiu que houve "uma falha", mas afirmou que não havia uma única parte culpada.

O evento recebeu os recursos adequados?

Um ex-chefe do Comitê de Supervisão e Responsabilidade da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos sugeriu que o Serviço Secreto estava "muito sobrecarregado". Isso teria levado ao problema de a polícia local não ter sido "treinada" para garantir um evento como o comício de sábado.

Jason Chaffetz, que já relatou na Câmara falhas do Serviço Secreto, disse ao Washington Post que não há outra situação com mais ameaça do que os eventos envolvendo Trump ou o presidente Biden, mas que isso não foi refletido na presença de segurança na Pensilvânia.

O Serviço Secreto negou as acusações de que um pedido da equipe de Trump para reforçar o pessoal de segurança tinha sido recusado antes do comício.

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No entanto, o Post relatou ter visto uma troca de mensagens na qual um ex-membro do Serviço Secreto perguntou a colegas como o suspeito conseguiu levar uma arma para tão perto de Trump. Ele teria recebido a resposta: "Recursos".

Em um comunicado, a chefe do Serviço Secreto, Kimberly Cheatle, disse que foram feitas mudanças para a segurança da Convenção Nacional Republicana, que começa em Milwaukee, em Wisconsin, nesta segunda.

Ela afirmou estar "confiante" no plano.

Trump foi retirado do palco rápido o suficiente?

Os agentes que protegeram Trump receberam elogios, incluindo o de Robert McDonald, um ex-agente que afirmou que fizeram um "trabalho bom", apesar de não haver um "manual exato" sobre o que fazer em tal situação.

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Mas também surgiu a pergunta se foram rápidos o suficiente para levar o ex-presidente rapidamente para dentro de um veículo.

Imagens do incidente mostram os agentes rapidamente formando um escudo ao redor do ex-presidente logo após os tiros, mas então parecem pausar enquanto Trump pede para pegar seus sapatos.

O ex-presidente continuou cumprimentando seus apoiadores com o punho erguido.

Um veterano do Serviço Secreto disse ao New York Times que não teria esperado. "Se fosse eu ali, não. Estamos indo, e estamos indo agora", disse Jeffrey James. "Se fosse eu, estaria comprando um novo par de sapatos para ele."

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