Na quarta-feira, 28 de agosto, a tragédia abalou a cidade de Marselha, no Sul da França, quando o jovem advogado gaúcho Eduardo Antunes Ruviaro, de 24 anos, perdeu a vida após ser atropelado por um veículo em alta velocidade.

Eduardo estava retornando de uma festa na madrugada do dia 20, em um patinete elétrico, quando foi atingido pelo carro que, segundo testemunhas, teria ultrapassado o sinal vermelho. Esse trágico acidente resultou em um traumatismo craniano grave que, apesar dos esforços médicos, se mostrou fatal.

Eduardo foi imediatamente socorrido e encaminhado a um hospital local, onde ficou internado por mais de uma semana. Durante esse período, seu estado de saúde se deteriorou, levando à necessidade de uma delicada cirurgia no cérebro.

Infelizmente, o procedimento não teve o desfecho esperado, e foi constatada a morte cerebral do jovem. A notícia chocou familiares e amigos, que ainda tentam lidar com a dor da perda repentina e trágica.

Roberto Freitas, melhor amigo de Eduardo, expressou seu desespero ao receber a notícia. Segundo ele, a situação foi devastadora, demonstrando o impacto profundo que a partida de Eduardo causou em todos que o conheciam. A polícia francesa segue investigando o caso, mas até o momento, não foram divulgadas informações sobre o motorista responsável pelo atropelamento.

Eduardo estava na França há cerca de um ano, onde cursava um mestrado, após concluir sua graduação em Direito. Paralelamente aos estudos na área jurídica, ele também havia se dedicado ao curso de Relações Públicas na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Apesar de já ter apresentado seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), não conseguiu concluir a formação em Relações Públicas devido à obrigatoriedade do estágio presencial no Brasil.

A Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação (Fabico) da UFRGS, onde Eduardo estudou, emitiu uma nota de pesar, lamentando profundamente a perda de um aluno tão promissor. A instituição destacou o espírito colaborativo e crítico de Eduardo, que sempre incentivava os colegas a participarem ativamente das discussões acadêmicas. A comunidade acadêmica da UFRGS sente profundamente a sua ausência, e a notícia de seu falecimento causou comoção entre professores, colegas e funcionários.

Diante dessa tragédia, a família de Eduardo decidiu realizar uma cerimônia de cremação na França, país onde ele estava construindo uma parte importante de sua vida.

As cinzas serão mantidas no local, e uma missa em homenagem ao jovem será celebrada no Brasil em data ainda a ser definida. Esse gesto simboliza a dor compartilhada entre duas nações que agora choram pela perda de um jovem cheio de sonhos e potencial.

A partida precoce de Eduardo Ruviaro é um lembrete doloroso da fragilidade da vida e das tragédias que podem ocorrer a qualquer momento. O impacto desse acidente se estende além da família e amigos, tocando todos que compartilham do luto por um jovem que tinha um futuro brilhante pela frente.

A comunidade da UFRGS e os amigos de Eduardo agora se unem em solidariedade, buscando conforto e força para lidar com essa dolorosa perda.