Darwin Henrique da Silva Filho, proprietário da empresa Esportes da Sorte, se entregou à polícia. A coluna Fábia Oliveira revelou com exclusividade que o CEO da empresa de apostas se apresentou às autoridades nesta quinta-feira (5/9), às 14h37.
A informação foi confirmada pela jornalista, que destacou que Darwin assinou o mandado de prisão e foi submetido a uma perícia traumatológica no Instituto Médico Legal (IML) de Pernambuco.
Anteriormente, a defesa de Darwin, representada pelo advogado Ademar Rigueira, havia anunciado que ele se entregaria às autoridades. Rigueira argumentou que houve uma “interpretação precipitada e equivocada dos fatos apurados, sem uma análise adequada dos argumentos apresentados”.
Em entrevista ao Estadão, Rigueira afirmou que “nenhum objeto, documento ou equipamento foi apreendido na sede da empresa” e garantiu que a Esportes da Sorte está em conformidade com as Leis 13.756/2018 e 14.790/2023, destacando o rigoroso cumprimento das normas jurídicas e regulatórias, auditoria independente e sistema de compliance.
A polícia, por sua vez, esclareceu que a investigação está focada em atividades ilegais e não envolve apostas esportivas regulamentadas por lei.
Segundo o Ministério da Justiça, a marca estaria utilizando empresas de eventos, publicidade, casas de câmbio e seguros para lavar dinheiro por meio de depósitos, transações bancárias e aquisições de bens de luxo, como veículos, aeronaves, embarcações, joias e imóveis.
Renato Rocha, delegado-geral da Polícia de Pernambuco, explicou na quarta-feira (4/9) que a ilegalidade está relacionada a jogos não autorizados. “A organização criminosa também operava no setor de apostas, mas o foco principal são os jogos não regulamentados pela legislação brasileira. As apostas eram usadas, junto com outras empresas, para lavar dinheiro proveniente desse ramo ilegal de jogos”, afirmou Rocha.
A Operação Integration, que resultou na prisão de Deolane Bezerra e sua mãe, Solange Bezerra, está vinculada a esses eventos. Ambas são acusadas dos mesmos crimes, embora a Polícia Civil ainda não tenha esclarecido a relação da influenciadora com a empresa.