Piloto morre em queda de avião durante pulverização agrícola em fazenda de Canarana
Na manhã desta quinta-feira (23), um acidente trágico chamou a atenção dos moradores de Canarana, a 652 km de Cuiabá, capital do Mato Grosso. Um avião de pequeno porte, utilizado em operações de pulverização agrícola, caiu enquanto realizava serviços em uma fazenda da região. O piloto da aeronave, identificado como João Edson Belafronte, de 69 anos, não resistiu ao impacto e faleceu no local.
O acidente ocorreu durante uma manobra de rotina no trabalho de aplicação de defensivos agrícolas, mas as causas exatas da queda ainda são desconhecidas. A Polícia Civil já iniciou as investigações para apurar os fatores que levaram à tragédia. De acordo com os primeiros relatos, o avião teria colidido com o solo de forma brusca, o que provocou a destruição da aeronave e a morte instantânea do piloto.
A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) do município de Água Boa foi acionada e compareceu ao local para realizar os procedimentos de praxe. O corpo de João Edson foi removido e encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) de Água Boa, onde passará por exames de necropsia. Somente após a análise pericial e os trabalhos da Polícia Civil será possível determinar com maior precisão os motivos que ocasionaram o desastre.
Experiente, mas marcado pela fatalidade
João Edson Belafronte era um piloto experiente, conhecido no setor de aviação agrícola. Com décadas de experiência na área, ele dedicou grande parte de sua vida ao trabalho em regiões rurais, atendendo produtores e contribuindo para o desenvolvimento agrícola no estado do Mato Grosso.
Segundo fontes próximas, Belafronte era admirado por seu profissionalismo e comprometimento. O acidente, portanto, pegou todos de surpresa e levantou questões sobre a segurança das operações aéreas realizadas no campo.
Segurança em foco
Acidentes envolvendo aeronaves de pequeno porte, como os utilizados para pulverização, embora não sejam comuns, chamam atenção para os desafios enfrentados nesse tipo de operação. Condições climáticas adversas, falhas mecânicas ou humanas, e o próprio desgaste das aeronaves devido ao uso constante são fatores que podem influenciar na segurança do voo.
O setor de aviação agrícola, essencial para o agronegócio brasileiro, segue normas rigorosas de manutenção e operação estabelecidas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Impacto local
Em Canarana, a comoção tomou conta dos moradores e da comunidade rural. A morte de João Edson Belafronte também reacendeu o debate sobre a necessidade de investimentos em tecnologia e treinamento para prevenir acidentes em atividades aéreas agrícolas. Produtores rurais que conheciam o piloto lamentaram a perda e destacaram sua contribuição para o setor.
“Ele era muito querido por todos. Sempre estava disposto a ajudar e fazia seu trabalho com dedicação. É uma grande perda para todos nós”, comentou um dos produtores que contratava os serviços de Belafronte.
Próximos passosPUBLICIDADE
A investigação agora está a cargo da Polícia Civil, que deve analisar fatores como a condição da aeronave antes do acidente, o histórico de manutenção e possíveis condições externas que poderiam ter influenciado o voo. Paralelamente, a Politec trabalhará na elaboração de laudos periciais, que serão essenciais para esclarecer o caso.
A tragédia em Canarana é um lembrete doloroso dos riscos envolvidos na atividade de pulverização aérea, mas também reforça a importância de garantir as condições de segurança para os profissionais que atuam na linha de frente do agronegócio brasileiro. Enquanto familiares e amigos se despedem de João Edson Belafronte, a comunidade espera por respostas e medidas que possam evitar que tragédias semelhantes aconteçam no futuro.