Neste sábado (04), Thales Bretas, viúvo do saudoso comediante Paulo Gustavo, prestou uma homenagem em memória do parceiro, lamentando três anos desde sua partida. Em uma longa declaração, o médico falou sobre o processo contínuo de luto e adaptação à ausência de seu amado.
"Mesmo que eu tente não me incomodar tanto com essa data, uma melancolia me arrebata antes, durante e depois dela. Embora eu não fale muito publicamente sobre o luto, ele mora dentro de mim, que eu queira ou não. Ninguém quer. Mas o fato, e que aprendi ao longo desses 3 anos, é que ele está e estará sempre aqui. Esse sou eu agora. Me transformou para sempre, como um nascimento", iniciou.
"Enquanto o nascimento é a promessa de um novo mundo que se revela aos poucos, a morte é a certeza de que um mundo acabou abrupta e definitivamente. Pessoas me perguntam como consegui 'superar' ou seguir após tamanha perda. E a verdade é que não se supera. Nem o tempo cura. Ele te mostra a necessidade de se reencontrar nessa ausência. Na saudade. Na adaptação dos planos. É fato que, para quem fica, a vida continua. E eu acho, sempre achei e acharei que ainda tem muito o que se viver enquanto nos é dado esse presente", completou.
"Presente que revoga passado, reinventa futuro... mas revela surpresas, a cada minuto. Horas boas, horas bem amargas... algumas são digeridas em minutos. Outras te marcam como cicatrizes, e te tornam uma pessoa completamente diferente, para sempre. E o que é o para sempre? É esse ínterim que temos para processar tudo isso enquanto nosso mundo também não apaga a nossa luz... assim é um pouco do que sinto hoje. Amanhã pode ser diferente. Mas minhas marcas carrego comigo. São parte da minha identidade. Nunca o todo. Mas parte, no meu para sempre, sempre serão", finalizou.