Na tarde deste sábado (23), no bairro Espinheiros, em Itajaí, um jovem de 24 anos encontrou os corpos de seus pais, um homem de 47 anos e uma mulher de 42 anos, nos fundos da residência da família. O incidente foi registrado por volta das 16h.
De acordo com a Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC), o jovem havia conversado com os pais na noite anterior. Contudo, ao tentar entrar em contato com eles na manhã deste sábado, não obteve resposta. Preocupado, decidiu ir até a casa da família, localizada na rua Fermino Vieira Cordeiro. Ao chegar, encontrou os corpos dos pais no quintal. A mulher apresentava marcas de estrangulamento e um pedaço de pano na boca. Já o homem estava com as mãos amarradas, além de uma mordaça improvisada com um pedaço de pano e uma cinta enrolada na cabeça.
A Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC) considera a hipótese de duplo homicídio doloso, mas, até o momento, não há informações sobre a possível motivação do crime.
A Polícia Civil foi acionada para conduzir as investigações, enquanto a Polícia Científica ficou encarregada de analisar a cena do crime em busca de evidências, incluindo possíveis sinais de arrombamento.
Ao longo de 2024, o Brasil registrou 26.591 homicídios dolosos, crimes cometidos com a intenção de matar. De acordo com dados do governo federal, a média é de 97 vítimas por dia.
A Bahia lidera o ranking com o maior número de casos, totalizando 3.048, e apresenta uma taxa de 27,37 homicídios a cada 100 mil habitantes.
Por outro lado, os estados com os menores índices de homicídios dolosos são Roraima, com 83 casos; Acre, com 111; e o Distrito Federal, com 151.
Esses números são divulgados em meio a discussões entre governadores e o governo federal sobre estratégias para melhorar a segurança pública no país. O governo federal apresentou uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) sugerindo alterações na área. No entanto, a proposta foi considerada superficial pelos governadores, que reivindicam medidas mais abrangentes para enfrentar os problemas relacionados à violência. Alguns líderes estaduais, como Ronaldo Caiado, de Goiás, defendem maior autonomia dos estados na formulação de leis penais.