Poucos imaginariam que a despedida de uma das maiores lendas da televisão brasileira, Silvio Santos, poderia desencadear uma trama digna de novela. Mas foi exatamente o que aconteceu após a morte de Senor Abravanel, no dia 17 de agosto de 2024, aos 93 anos. Além de seu inestimável legado como apresentador e empresário, ele deixou para trás um patrimônio avaliado em R$ 6,4 bilhões e, com ele, um polêmico embate entre suas filhas e o governo de São Paulo.
A disputa começou quando detalhes do espólio de Silvio Santos foram divulgados. Dividida entre sua esposa, Iris Abravanel, e suas seis filhas – Patrícia, Rebeca, Cintia, Silvia, Renata Abravanel e Daniela Beyruti –, a herança chamou atenção não só pelos números astronômicos, mas também por um entrave jurídico: R$ 429 milhões do total estão bloqueados em contas no exterior.
Indignadas, as herdeiras não se mantiveram em silêncio. Movendo uma ação judicial, elas argumentam que os valores em questão estão em contas localizadas nas Bahamas, notoriamente conhecido como paraíso fiscal, e, portanto, não deveriam estar sujeitos à legislação tributária brasileira. O argumento foi suficiente para acalorar ainda mais a disputa, gerando especulações, opiniões divididas e, claro, muito burburinho nas redes sociais.
"É um imposto abusivo e totalmente sem fundamento!", teria desabafado uma fonte próxima da família, destacando que a cobrança foi recebida como uma afronta diretamente ao legado do apresentador.
Mesmo diante da confusão, os holofotes permanecem não apenas sobre a fortuna de Silvio Santos, mas também sobre seu impacto duradouro na cultura brasileira. Ícone de carisma e inovação, ele construiu um império que inclui o SBT, o Grupo Silvio Santos e uma longa lista de empreendimentos. Seu nome continua na memória dos brasileiros, mas, infelizmente, agora também figura em manchetes repletas de disputas e controvérsias legais.
Enquanto o processo judicial segue seu curso, o público acompanha atento os desdobramentos dessa história. Afinal, o legado de Silvio Santos vai além do que é material, mas, como está se tornando evidente, até o mais intangível pode ser alvo de conflitos. Justiça seja feita, a briga pelas fortunas do homem do "aviãozinho de dinheiro" ainda parece estar longe de terminar.