Desde 2022, o Rio de Janeiro tem enfrentado um aumento preocupante de casos de Mpox, anteriormente conhecida como varíola dos macacos. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) confirmou que a cidade já registrou 3.800 notificações da doença, das quais 1.266 foram confirmadas. Em agosto de 2024, sete novos casos foram registrados, indicando que a transmissão do vírus continua a ser uma ameaça significativa na capital fluminense.
A Mpox é causada por um vírus que provoca lesões cutâneas dolorosas e inchaços no corpo. Embora o Rio de Janeiro seja uma das cidades mais afetadas, a capital fluminense fica atrás apenas de São Paulo em número de casos.
A doença é transmitida principalmente por contato físico direto e prolongado com uma pessoa infectada. Objetos contaminados, como roupas de cama e toalhas, também podem ser veículos de transmissão. Além disso, secreções respiratórias, como tosse e espirro, são meios potenciais de contágio, especialmente em espaços compartilhados ou aglomerações. Pessoas com múltiplos parceiros íntimos correm um risco maior de contrair o vírus, tornando a conscientização sobre as práticas seguras de relacionamento e higiene ainda mais crucial.
Embora a maioria dos casos de Mpox tenda a se resolver de forma espontânea, há o risco de complicações graves, particularmente em pessoas com o sistema imunológico comprometido.
A transmissão da Mpox pode ocorrer desde o início dos sintomas até que as lesões de pele estejam completamente cicatrizadas, o que pode levar de duas a quatro semanas. Durante esse período, é vital que os infectados tomem medidas rigorosas de isolamento para evitar espalhar o vírus.
Os principais sintomas da Mpox são:
Erupções cutâneas ou lesões de pele: As erupções aparecem inicialmente como manchas que evoluem para bolhas ou feridas, algumas vezes cobertas por crostas. Essas lesões podem ser bastante dolorosas e são o sinal mais visível da doença.
Adenomegalias: Comumente chamadas de “ínguas,” essas são inchaços dos linfonodos, que podem ocorrer principalmente na região do pescoço, axilas e virilhas, como uma resposta do corpo ao combate ao vírus.
Febre: O aumento da temperatura corporal é uma resposta comum do corpo à infecção, indicando que o organismo está tentando combater o vírus.
Dores no corpoPUBLICIDADE
Dor de cabeça: A cefaleia pode ser um dos primeiros sintomas a surgir e pode variar em intensidade, frequentemente acompanhada por uma sensação de pressão ou latejamento.
Calafrios: Sensações intensas de frio, mesmo em ambientes aquecidos, são comuns e podem ser acompanhadas por tremores.
Fraqueza: Sentir-se cansado e sem energia é um sintoma comum, refletindo o esforço do corpo para combater a infecção.
Esses sintomas não só ajudam no diagnóstico da doença, mas também indicam o período de maior contagiosidade, durante o qual é crucial que o paciente siga as orientações médicas e mantenha o isolamento adequado. A conscientização sobre esses sintomas pode ajudar a detectar a doença precocemente, aumentando as chances de um tratamento eficaz e evitando a disseminação do vírus.
A propagação contínua da Mpox no Rio de Janeiro ressalta a necessidade urgente de intensificar as campanhas de conscientização e promover práticas de higiene rigorosas. A SMS tem trabalhado para alertar a população sobre os riscos da doença e as medidas preventivas que podem ser tomadas para evitar a infecção. Lavar as mãos com frequência, evitar o compartilhamento de objetos pessoais e manter distância de pessoas infectadas são algumas das recomendações principais.
O Rio de Janeiro, com seu alto número de notificações e casos confirmados, está em uma posição crítica no combate à Mpox. O sucesso no controle da doença depende não apenas das ações das autoridades de saúde, mas também do engajamento da população em seguir as recomendações de prevenção.
Em resumo, o cenário atual no Rio de Janeiro em relação à Mpox é preocupante, mas há medidas claras que podem ser tomadas para reduzir o risco de infecção. A identificação precoce dos sintomas, o isolamento dos casos confirmados e a adoção de práticas de higiene são essenciais para controlar a propagação do vírus. À medida que novos casos continuam a ser registrados, a colaboração entre as autoridades de saúde e a população será fundamental para superar esse desafio de saúde pública.