O evento de 7 de Setembro na Avenida Paulista, organizado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), promete ser um dos principais acontecimentos políticos do ano. A manifestação contará com a presença de figuras de destaque, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), além de candidatos à Prefeitura de São Paulo e parlamentares do Congresso Nacional. Um dos temas centrais do protesto será a defesa do impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, uma pauta que tem gerado grande controvérsia nos últimos meses.

Dois dos candidatos à Prefeitura de São Paulo já confirmaram presença no evento: Ricardo Nunes (MDB) e Marina Helena (Novo). Nunes, que atualmente ocupa o cargo de prefeito e busca a reeleição, é o candidato apoiado formalmente pelo PL e por Bolsonaro na disputa pela administração da capital paulista.

Essa aliança destaca o evento como um palco para a mobilização política de figuras alinhadas com o ex-presidente.

Outro nome que tem atraído atenção é o do ex-coach Pablo Marçal (PRTB), também candidato à Prefeitura de São Paulo e ligado ao círculo de apoiadores de Bolsonaro. Apesar de seu apoio ser notório, a participação de Marçal no evento ainda não foi oficialmente confirmada. Recentemente, Bolsonaro deu sinais de que Marçal poderia participar do ato, destacando o caráter "suprapartidário" da manifestação e abrindo espaço para outros candidatos subirem ao carro de som.

A última grande manifestação organizada por Bolsonaro na Avenida Paulista, que ocorreu em fevereiro, contou com a presença de quatro governadores: Jorginho Mello (PL-SC), Romeu Zema (Novo-MG), Ronaldo Caiado (União-GO) e Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP).

No entanto, para o ato de 7 de Setembro, até o momento, apenas Tarcísio de Freitas confirmou sua participação. Caiado, por exemplo, já anunciou que não comparecerá devido a suas férias. Os demais governadores, Mello e Zema, não responderam aos convites até agora.

O evento também atrairá a participação de deputados e senadores próximos a Bolsonaro. Entre os parlamentares da Câmara que já confirmaram presença estão Gustavo Gayer (PL-GO), Nikolas Ferreira (PL-MG) e Sóstenes Cavalcante (PL-RJ). Sóstenes, um dos principais organizadores do ato, declarou ao que faixas contrárias ao ministro Alexandre de Moraes serão permitidas durante a manifestação, indicando que a crítica ao magistrado será um dos pontos altos do evento.

No Senado, os senadores Magno Malta (PL-ES) e Eduardo Girão (Novo-CE) também já confirmaram sua participação.

Girão, inclusive, tem sido um dos principais defensores do impeachment de Moraes, tendo sido um dos primeiros a convocar o ato de 7 de Setembro. O senador também lidera um pedido de impeachment contra o ministro, que deverá ser oficialmente apresentado ao Congresso logo após a manifestação.

O palco principal do evento, um trio elétrico, será posicionado no mesmo local do ato de fevereiro, em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp). Essa localização estratégica visa maximizar a visibilidade dos discursos de Bolsonaro e seus aliados. Segundo Sóstenes Cavalcante, a lista de discursos e a programação detalhada da manifestação serão definidas em uma reunião na véspera do evento, com a participação de Bolsonaro e do pastor evangélico Silas Malafaia, que desempenhou um papel central na organização dos atos anteriores.

Com todos esses elementos, o ato de 7 de Setembro na Avenida Paulista se configura como uma demonstração de força do grupo político liderado por Jair Bolsonaro. A presença de líderes políticos e a pauta em defesa do impeachment de Alexandre de Moraes reforçam o tom combativo do evento, que deverá atrair tanto apoiadores fervorosos quanto atenção da mídia e de observadores políticos. A manifestação promete ser um marco na atual conjuntura política brasileira, refletindo as tensões e desafios que o país enfrenta.