No último sábado, 28 de dezembro, um trágico acidente aéreo no Aeroporto Internacional de Muan, na Coreia do Sul, chocou o mundo. Informações preliminares apontam que a aeronave, antes de explodir, sofreu uma colisão com pássaros, fator que pode ter contribuído significativamente para o desastre. Um passageiro, momentos antes da fatalidade, enviou mensagens aos familiares relatando o ocorrido. “Um pássaro ficou preso na asa, e não conseguimos pousar”, escreveu. Em tom de desespero, ele ainda questionou: “Devo dizer minhas últimas palavras?”.
De acordo com o Ministério dos Transportes sul-coreano, a torre de controle já havia alertado os pilotos sobre o risco de colisão com aves. No entanto, mesmo cientes do perigo, a tentativa de pouso foi realizada, culminando em uma sequência de eventos trágicos.
Relatos de pessoas que presenciaram o acidente indicam que o motor da aeronave já estava em chamas antes mesmo do impacto. Testemunhas afirmaram ter ouvido explosões consecutivas, levantando questionamentos sobre possíveis falhas mecânicas agravadas pela colisão com pássaros. Durante a aterrissagem, o trem de pouso da aeronave estava recolhido, o que pode ter sido um dos fatores que dificultaram o pouso seguro.
As autoridades aeroportuárias confirmaram que a colisão com aves pode ter prejudicado o funcionamento do trem de pouso, mas destacaram que a causa exata do acidente ainda está sob investigação.
O Aeroporto Internacional de Muan possui um histórico preocupante de incidentes envolvendo aves. Dados indicam que, entre 2019 e agosto deste ano, o local registrou 10 colisões com pássaros. A localização do aeroporto, próximo a áreas costeiras e campos abertos, o torna especialmente vulnerável a esse tipo de evento. O episódio mais recente reacende o debate sobre a segurança aérea em locais com alta incidência de fauna nas proximidades.
O voo JJA-2216, que havia partido de Bangkok, na Tailândia, com destino a Muan, transportava 181 pessoas. Infelizmente, o acidente se tornou uma das tragédias aéreas mais mortais da história recente da Coreia do Sul.
À medida que as investigações prosseguem, a comunidade internacional se solidariza com as vítimas e busca entender como esse desastre pode ajudar a prevenir futuros acidentes. Medidas como melhorias na tecnologia de monitoramento de fauna e reforço das práticas de segurança para aeroportos em áreas vulneráveis podem ser discutidas para minimizar os riscos em operações futuras. Este acidente é um lembrete doloroso da importância de se antecipar a possíveis ameaças para garantir a segurança de todos a bordo.