O nadador mineiro Gabriel Araújo, 22, ganhou a primeira medalha para o Brasil nesta quinta-feira, 29, ao conquistar o ouro nos 100m costas da classe S2 (limitações físico-motoras) nos Jogos Paralímpicos de Paris. Além dele, o Brasil conquistou outras duas medalhas no dia, também na natação. O pernambucano Phelipe Andrews Rodrigues ganhou a prata 50m livre S10 (limitações físico-motoras) masculino e Gabriel Bandeira, o bronze, nos 100m borboleta S14 (deficiência intelectual).
Em sua segunda participação em Jogos Paralímpicos, Gabrielzinho tem agora quatro medalhas, sendo três ouros (50m livre, 200m livre, 100m costas) e uma prata (100m costas).
"É uma prova muito difícil, é uma prova que mexe comigo, tanto por ter sido prata (Tóquio), porque é a prova mais difícil para mim, e eu trabalhei muito para isso. Eu e meu treinador, a gente trabalhou para caramba, e a gente fez de tudo para que essa medalha de prata virasse ouro, e assim, eu ficaria muito feliz com ouro, mas do jeito que foi a prova, sem igual, porque eu não nadei, não, eu amassei a prova, eu acabei com a prova, então eu estou feliz demais, um sonho realizado, e posso gritar que eu sou campeão dos 100 metros costas", disse Gabrielzinho.
Além dele, outro Brasil conquistou outras duas medalhas no dia, também na natação. O pernambucano Phelipe Andrews Rodrigues ganhou a medalha de prata nos 50m livre S10 masculino. Ele fez a prova em 23s54. O ouro ficou com o australiano Thomas Gallagher com 23s40 e o bronze com o compatriota dele, Rowan Crothers, com 23s79. Essa foi a nona medalha em Jogos Paralímpicos do nadador. Ele chega a seis pratas e três bronzes, o maior medalhista da delegação brasileira presente em Paris.
O paulista Gabriel Bandeira conquistou a medalha de bronze na prova 100m borboleta S14 com o tempo de 55s08. O ouro ficou com o dinamarquês Alexander Hillhouse (54s61) e a prata com o britânico William Ellard (54,86).
Goalball
O Brasil estreou com vitória no masculino e empate no feminino no torneio de goalball dos Jogos Paralímpicos de Paris 2024, em duelos realizados nesta quinta-feira (29), na Arena Paria 6, palco da modalidade na capital francesa.
"A gente veio para cá determinadas a segurar a defesa, era o mais importante. E o gol seria construção e, às vezes, viria em erros das adversárias, como aconteceu hoje. A cada jogo, faremos isso, a defesa é o nosso foco. A Turquia é um time muito forte, atuais campeãs mundiais e paralímpicas, e acho que foi um jogo bem equilibrado. Daqui para frente, é só crescimento", analisou a brasiliense Jéssica, de 31 anos, que participa de sua segunda Paralimpíada.
Mais tarde, os homens despacharam a França diante de um ginásio lotado e iniciaram bem a caminhada pelo bicampeonato: 8 a 5.
"Jogar com o ginásio cheio torcendo pelos nossos adversários foi uma sensação que mexeu bastante com nossas emoções, mas mantivemos os pés no chão e sabíamos qual era a proposta do nosso jogo. Temos de manter o foco naquilo que viemos fazer", analisou o também brasiliense Dantas, de 29 anos.
O Brasil volta à quadra já nesta sexta-feira. Primeiro, o time masculino encara os EUA, às 4h (de Brasília). A partir das 5h30, será a vez da equipe feminina, que enfrentará Israel, terceira colocada do último Campeonato Mundial.