Quatro meses após a morte de Anderson Leonardo, vocalista do Molejo, MC May entrou com uma ação para reivindicar uma parte da herança do cantor. Em 2021, a artista transsexual havia revelado publicamente que foi vítima de estupro por parte do cantor, com quem manteve um relacionamento secreto.
"Estou processando. Vou buscar meus direitos agora. Sei que aquele anjo no céu, chamado Anderson Leonardo, estará comigo e vou continuar levando o nome dele adiante," declarou ao jornal Extra.
MC May afirmou ter passado mais três anos ao lado de Anderson e fez uma crítica à ex-esposa dele, Paula Cardoso: “Isso não tem nada a ver. A viúva de Anderson sou eu. Agora a ex-namorada dele, Ana Paula, quer se passar por viúva”.
O relacionamento de MC May com Anderson Leonardo foi cercado de controvérsias, indiretas e acusações. Em 2021, a artista acusou o vocalista do grupo de pagode de assédio sexual, uma alegação que ele negou. “Eu não preciso estuprar ninguém, não. Não preciso”, disse na época, revelando ser bissexual e confirmando o caso amoroso com MC May.
Herdeiros de Anderson Leonardo se manifestam após briga
Em junho, após a disputa pública sobre o uso do nome Molejo, os herdeiros de Anderson Leonardo emitiram uma nota para esclarecer a situação.
O comunicado explicava: “Com relação às recentes informações sobre uma possível proibição por parte dos herdeiros de Anderson para que outros artistas utilizem o nome Molejo, os herdeiros esclarecem que não há qualquer disputa ou impedimento para que o grupo continue com o nome Molejo; todos os envolvidos, tanto artistas quanto herdeiros, estão em total concordância.”
A nota também mencionava que, em 07/06/2024, foi assinado um contrato para um grande projeto intitulado ‘Paparico do Molejo’, que será realizado em colaboração com o grupo e anunciado nas redes sociais dos artistas.
A Briga pelo nome Molejo PUBLICIDADE
Anderson Leonardo faleceu no final de abril, aos 51 anos, e, pouco mais de um mês depois, surgiram desentendimentos entre os herdeiros do cantor e os integrantes do grupo Molejo.
Conforme noticiado por esta coluna, o conflito começou quando os membros do grupo enviaram uma notificação à empresa Molejo Produções e Eventos Eireli, a qual era de propriedade do vocalista e agora pertence aos herdeiros. No documento, os artistas informaram que não desejavam mais ser administrados pela empresa e que, após o recebimento da notificação, não seriam mais representados por ela, e que todos os compromissos agendados seriam geridos sem sua administração.
Em resposta, os herdeiros de Anderson Leonardo enviaram uma contranotificação aos integrantes do grupo [Andrezinho, Claumirzinho, Lúcio Nascimento, Robson Calazans e Jimmy Batera], contestando os pontos levantados.
Apesar da contranotificação, o grupo Molejo continuou a se apresentar pelo Brasil com o nome associado a Anderson, o que, segundo a empresa, é ilegal e prejudica a família do cantor, que enfrenta dificuldades financeiras e está em luto.
Diante da situação, os herdeiros emitiram um comunicado exigindo que os músicos cessassem o uso do nome Molejo nos shows não autorizados pela empresa. Eles estipularam um prazo de 24 horas para o cumprimento da ordem, avisando que, caso contrário, tomariam medidas legais.