**A morte de Egídio como Ponto Culminante na Novela**

A recente morte de Egídio, interpretado por Vladimir Brichta, na semana final da novela, foi um dos momentos mais intensos e emocionais que os telespectadores puderam presenciar. A trajetória desse personagem, marcado por vilanias e atitudes cruéis, culminou em um desfecho trágico que deixou muitos boquiabertos. Egídio se tornou vítima de uma tocaia armada por Mariana (Theresa Fonseca) e Damião (Xamã), perdendo a vida de maneira dramática e impactante ao ser enforcado.

Essa cena não apenas marcou a morte de um vilão, mas também simbolizou a justiça que muitos esperavam.

Egídio era uma representação das forças do mal que, ao longo da trama, prejudicou muitas vidas, especialmente a da família Inocêncio. Através de uma visão reveladora, Inácia (Edvana Carvalho) ficou ciente de que a sobrevivência de sua família estava diretamente ligada aos planos malignos de Mariana. Cega pelo ódio, Mariana conseguiu persuadir Damião a executar seu plano, resultando em uma abordagem narrativa que abordou a luta entre o bem e o mal.

Entretanto, em contraste com a intensidade dos primeiros capítulos, a novela começou a perder o brilho conforme os episódios avançavam. Mesmo com a presença de Juliana Paes como Jacutinga e a introdução de elementos místicos, como o diabinho na garrafa, a narrativa começou a desandar. O público começou a sentir que a trama se arrastava, deixando de gerar a mesma empatia que proporcionou no início.

Personagens importantes, como dona Iolanda (Camila Morgado) e Morena (Ana Cecília Costa), tornaram-se caricaturas exageradas, fazendo com que a crítica se tornasse inevitável.

As intervenções do espírito de Santinha (Duda Santos) foram, talvez, uma das poucas luzes que ainda traziam emoção ao enredo. A interpretação suave e delicada da atriz trouxe uma sensação de paz, mesmo em meio aos conflitos. Momentos tensos, como quando a alma de Santinha buscou Venâncio (Rodrigo Simas) e suas interações com João Pedro, trouxeram de volta uma conexão emocional que estava se perdendo na trama.

O romance entre o mocinho e Sandra (Giullia Buscacio) também angariou a torcida do público, mas a decisão dos roteiristas de mudar a história original deixou alguns fãs decepcionados.

Na versão clássica, a herdeira de Egídio tinha uma filha durante a trama, mas nesta versão, a gravidez foi apenas um desfecho, com a mocinha perdendo o bebê em um momento de grande carga dramática. Essa alteração gerou discussões entre os telespectadores, pois não correspondia à expectativa criada em torno do desenrolar da história.

Além disso, as mudanças nas dinâmicas dos casais na reta final foram um terreno instável para muitos. Tião (Irandhir Santos), que na versão de 1993 teve um fim trágico, parecia desconfortável em sua interpretação desta vez. As substituições de pares, como Bento (Marcello Melo Jr) com Kika (Juliane Araújo) e Ritinha (Mell Muzzillo) com Eriberto (Pedro Neschling), foram decisões criativas que, embora tentassem dar novos ares, não foram aceitas por todos os fãs.

A nova relação de Lu (Eli Ferreira) com o pastor Lívio (Breno da Matta) gerou confusão, especialmente entre aqueles que se lembravam da versão anterior.

O último capítulo trouxe uma revelação bombástica quando Teca leu uma carta escrita por Marianinha (Gabriella Cristina) para Maria Santa (Duda Santos). A revelação de que o avô de Marianinha foi o responsável por abusar e engravidar a filha mais velha de Venâncio (Fabio Lago) trouxe à tona questões profundas sobre família e traumas. A descoberta de que Marianinha e Mariana são primas e a emoção compartilhada entre as duas criaram um momento significativo que, embora tardio, adicionou uma camada de dramaticidade à narrativa.

Essas críticas e análises são expressões das opiniões dos autores, refletindo a polarização que a novela provocou.

Enquanto alguns momentos, como a morte de Egídio e as participações de Santinha, elevaram a qualidade da trama, muitos acreditam que a novela se perdeu em seus desdobramentos. O talento do elenco é inegável, mas a coesão do enredo e a fidelidade ao que o público espera de uma novela são aspectos que podem ter deixado a desejar nesta última temporada. Assim, a discussão entre os fãs sobre suas interpretações cresce, gerando um espaço para que eles reflitam sobre o que realmente faz uma novela ressoar na audiência.