Caso do Bolo Envenenado: Suspeita Morre na Prisão e Deixa Carta Alegando Inocência
A recente morte de Deise Moura dos Santos, principal suspeita de um chocante caso de envenenamento, lançou uma nova camada de mistério sobre a tragédia que marcou o Rio Grande do Sul. Acusada de matar três pessoas da família do marido ao servir um bolo contaminado com arsênio, Deise foi encontrada sem vida dentro de sua cela no Presídio Estadual Feminino.
De acordo com informações divulgadas pelas autoridades, a detenta deixou um recado escrito antes de falecer, no qual alegava inocência e relatava estar em sofrimento e depressão. A principal hipótese da morte é suicídio, mas a investigação segue em andamento para esclarecer os detalhes do ocorrido.
Desde o dia 5 de janeiro, Deise estava sob custódia. No momento de sua morte, encontrava-se sozinha na cela e vestia o uniforme da detenção. Um dado intrigante chama a atenção: um dia antes do falecimento, a administração do presídio foi alertada sobre o risco de suicídio da presa.
A preocupação surgiu após uma visita de um advogado da família de seu marido. Ele teria informado a Deise que o homem decidiu formalizar o divórcio. Segundo relatos, após receber a notícia, ela demonstrou uma mudança drástica no comportamento.
A defesa da detenta anunciou que concederá uma entrevista coletiva para abordar o caso e esclarecer possíveis dúvidas sobre os últimos dias de sua cliente na prisão.
O crime que levou Deise à prisão ocorreu poucos dias antes do Natal. Sete pessoas da mesma família estavam reunidas para um café da tarde quando passaram mal após ingerirem fatias de um bolo de frutas cristalizadas. Três mulheres morreram poucas horas depois.
As vítimas fatais foram identificadas como:
Júlia dos Santos, 72 anos
Marina dos Santos, 56 anos
Camila dos Santos, 34 anos
Os laudos médicos apontaram parada cardiorrespiratória e choque pós-intoxicação alimentar como causas das mortes. Durante as investigações, descobriu-se que o bolo estava contaminado com arsênio e que Deise também era suspeita da morte de seu sogro, ocorrida em 2023 sob circunstâncias semelhantes.
A sogra de Deise, Zeli dos Anjos, foi quem preparou o bolo e o levou para o encontro, sem saber que o alimento estava envenenado.
A morte de Deise levanta questões sobre os próximos passos da justiça. Com o falecimento da principal suspeita, há a possibilidade de que algumas respostas nunca sejam totalmente esclarecidas. Entretanto, a polícia segue analisando provas e depoimentos para entender a dinâmica dos envenenamentos e se outras pessoas poderiam estar envolvidas.
A sociedade aguarda com atenção os desdobramentos do caso, que se tornou um dos mais comentados do ano e acendeu debates sobre segurança alimentar, investigação criminal e os efeitos psicológicos do encarceramento.