A Polícia Civil esclareceu o desaparecimento e a morte de Camila Florindo D’Avila, uma jovem catarinense de 23 anos, concluindo que ela foi vítima de estar no lugar errado, na hora errada e acompanhada da pessoa errada.
Camila foi sequestrada no dia 8 de outubro, em Araquari (SC), e seu corpo foi encontrado três meses depois, enterrado em uma fazenda de eucaliptos em Ibaiti, no Paraná. A jovem era mãe de um menino de seis anos e trabalhava em um quiosque, além de realizar serviços de limpeza na cidade onde morava havia quatro anos.
As investigações revelaram que o verdadeiro alvo do sequestro era o companheiro de Camila, com quem ela mantinha um relacionamento de seis anos.
No dia do crime, homens encapuzados invadiram a residência do casal. O companheiro de Camila conseguiu escapar, mas, sem encontrar o alvo, os sequestradores levaram Camila, que não tinha nenhum vínculo com práticas criminosas.
A Polícia Civil acredita que Camila Florindo D’Avila foi morta em 10 de outubro, poucos dias após ser sequestrada. A principal hipótese é que ela tenha sido assassinada para impedir que denunciasse os criminosos. O delegado José Gattaz Neto destacou que Camila não tinha qualquer envolvimento com atividades ilegais e foi uma vítima de circunstâncias trágicas.
Camila era irmã de Ester Florindo, que compartilhou o impacto da perda enquanto enfrentava outro episódio trágico vivido recentemente. Ester elogiou o trabalho da polícia e ressaltou que, apesar da dor, a família finalmente obteve respostas sobre o ocorrido.
Entenda o caso:
Camila Florindo D'Avila, de 23 anos, foi encontrada morta em uma mata na cidade de Ibaiti, no norte do Paraná. Segundo a Polícia Civil de Santa Catarina, ela foi sequestrada em Araquari (SC), cidade onde morava, localizada a mais de 450 quilômetros de distância do local onde o corpo foi encontrado.
Em entrevista à RPC, o delegado Jose Gattaz Neto informou que o sequestro ocorreu no dia 8 de outubro de 2024, e o corpo de Camila foi localizado na terça-feira (14), três meses após o crime.
Camila Florindo D'Avila estava em um relacionamento de seis anos com um homem investigado por envolvimento em uma organização criminosa ligada ao tráfico de drogas. De acordo com a apuração da Polícia Civil, ele era o alvo do sequestro. Na noite do crime, os dois estavam na casa deles, e câmeras de segurança da região registraram o momento em que o homem fugiu, deixando Camila para trás.
"Ocorria uma disputa por pontos de tráfico de drogas e por cargos dentro de uma organização criminosa. O alvo deste grupo criminoso, que sequestrou a Camila, seria o companheiro dela. Mas no momento em que foram fazer a captura dele, ele conseguiu se evadir e a Camila foi sequestrada", o delegado disse em entrevista à RPC"
A investigação revelou que Camila foi levada viva para Curitiba, onde, na capital, um dos autores do sequestro foi morto a tiros por membros da mesma facção criminosa.
O delegado responsável pelo caso estima que a morte de Camila tenha ocorrido no dia 10 de outubro, quando ela foi transportada para Ibaiti. A principal suspeita é de que ela tenha sido assassinada para evitar que denunciasse os envolvidos no crime.
"Ela estava no lugar errado, na hora errada e com a pessoa errada", analisou o delegado"