# Transtornada com o que aconteceu, Luma encontrará em Mavi um ombro amigo
Luma estava completamente transtornada. A morte de Molina não era apenas uma perda pessoal; era o desmoronamento de tudo que conhecia e amava. A empresa da família, que durante anos fora a sua base, agora estava em suas mãos. O peso da responsabilidade a sufocava, mas ao seu lado estava Mavi, um ombro amigo que, a princípio, parecia ser a única âncora em meio ao caos.
Mavi tinha sido um amigo próximo de Luma, mas nunca havia pensado em um relacionamento mais profundo. Após a tragédia, no entanto, a conexão entre eles se fortaleceu. Ela precisava de alguém em quem confiar, e ele se mostrou disposto a ficar.
Por outro lado, a relação de Mércia com seu filho Mavi mudou da água para o vinho. Inicialmente, Mércia não tinha simpatia pelo seu filho, mas após uma defesa inesperada dele em relação a uma discussão acalorada com o pai, começou a vê-lo com outros olhos. Contudo, essa nova dinâmica não se transformou na relação saudável que poderia ser — continuou marcada por uma relação de submissão que remeteu aos padrões de Molina.
Enquanto os meses passavam, a ideia que o falecido Molina tinha para Luma e Mavi começou a tomar forma.
Mavi, por sua parte, se destacou na gestão dos negócios, mostrando-se capaz e astuto. Após um ano de convivência, ele apresentou uma proposta a Luma: dividir o tempo entre a ilha e São Paulo, onde ela poderia concluir seus estudos de culinária. Luma, animada com a ideia de um novo começo, aceitou. Assinou as procurações que davam a Mavi o controle das operações da empresa, e partiu para a cidade, cheia de esperanças e expectativas.
No entanto, o que Luma não previra foi que essa decisão iria custar mais do que imaginava.
Quando Luma finalmente resolveu voltar à ilha, o que encontrou foi a devastação. Mavi, na verdade, havia usado a confiança que ela depositou nele para dar um golpe. As finanças estavam em frangalhos, a empresa da família estava à beira da falência e, mais doloroso ainda, Mavi havia manipulado a situação para se apropriar dos bens dela.
A descoberta foi um soco no estômago. Luma sentiu-se traída, não apenas por Mavi, mas, em um nível mais profundo, por si mesma.
A pressão sobre Luma era enorme. A responsabilidade que ela pensou que poderia carregar sozinha agora estava piorada por uma traição. A dor da solidão se intensificou, e ela sentiu que não sabia mais quem era. De uma jovem confiante, Luma se viu cercada de dúvidas e incertezas, tendo perdido não só a família, mas também a ideia de amor incondicional que tinha com Mavi.
Com a força que restava, Luma decidiu lutar. Ao invés de se deixar abater, ela se ergueu e organizou o que sobrou da empresa. Com astúcia e determinação, ela reformulou os planos de negócios e começou a reerguer o que havia sido destruído.
No final das contas, a jornada de Luma se tornará uma celebração da auto-descoberta. O relacionamento que formou com Mavi pode ter dado errado, mas o que ela aprendeu sobre si mesma, sobre confiança, amor e traição a moldou de formas que ela nunca poderia imaginar. A vida é uma maratona e não um sprint, e Luma estava determinada a terminar essa corrida, encontrando seu caminho, mesmo que em meio a tantas adversidades. Ela não estava sozinha; estava forte e pronta para reescrever sua história.