O policial civil Alex Gonçalves de Queiroz foi preso em flagrante após disparar um tiro fatal na cabeça de Herbert Kayke, de 19 anos, durante uma conversa em um bar no extremo sul de São Paulo na noite do último sábado (24/8). O homicídio, classificado como de motivo fútil, ocorreu por volta das 22h40. De acordo com o depoimento de uma testemunha à Corregedoria da Polícia Civil paulista, Herbert, que era natural de Manaíra, na Paraíba, estava conversando com o policial de 47 anos e um outro homem. Durante o diálogo, Herbert manifestou o desejo de se tornar policial militar e expressou admiração por Alex.
A testemunha relatou que, sem qualquer provocação aparente, Alex comentou que Kayke “não entenderia nada de polícia” e, em seguida, sacou sua arma e disparou contra a cabeça do jovem.
A Polícia Militar foi chamada e, ao chegar na Avenida Dona Belmira Marin, encontrou Alex desarmado na porta do bar. Durante o interrogatório, Alex alegou que Herbert tentou pegar sua arma, resultando em um disparo acidental. No interior do bar, os policiais encontraram Herbert Kayke caído com a cabeça ensanguentada ao lado de uma pistola Glock, que foi apreendida como prova.
Uma testemunha informou que o disparo ocorreu “por besteira” durante uma conversa informal. Alex foi detido e, antes de ser conduzido à delegacia, solicitou a presença do delegado do 101º Distrito Policial, onde trabalha. O superior acompanhou Alex até o 85º Distrito Policial (Jardim Mina), onde a Corregedoria da Polícia Civil foi acionada.
Uma fonte próxima ao caso, que preferiu não se identificar, revelou que Alex, com 25 anos de serviço na Polícia Civil, enfrentava problemas relacionados ao consumo excessivo de álcool.
Alex foi indiciado em flagrante por homicídio qualificado e teve sua prisão preventiva solicitada à Justiça. A Secretaria da Segurança Pública informou que os institutos de Criminalística e Médico Legal estão realizando exames periciais. Além da investigação sobre o homicídio, a Corregedoria também está examinando possíveis irregularidades funcionais. Herbert Kayke foi sepultado em sua cidade natal nesta terça-feira (27/8).
Quando a vida é abruptamente ceifada por atos de violência, como o ocorrido no caso de Herbert Kayke, os sonhos e aspirações da vítima são abruptamente interrompidos. Herbert, um jovem de 19 anos, tinha planos de se tornar policial militar e admirava o trabalho dos profissionais da área. Esse sonho, que poderia ter levado a uma carreira promissora e a uma contribuição significativa para a sociedade, foi tragicamente interrompido por um ato de violência.
Cada vida possui um conjunto único de esperanças e planos para o futuro. Quando alguém é retirado dessa forma, não é apenas a vida da pessoa que é afetada, mas também o potencial que ela representava. Os sonhos não realizados de Herbert deixam uma lacuna não apenas para seus familiares e amigos, mas também para a comunidade que ele poderia ter impactado positivamente.
Além disso, esses eventos também ressaltam a fragilidade dos sonhos e a importância de se trabalhar para criar uma sociedade mais segura e justa. A tragédia sublinha a necessidade de políticas eficazes para prevenir a violência e oferecer suporte às vítimas e suas famílias. Cada sonho interrompido é um lembrete doloroso de que a proteção e o respeito pela vida são essenciais para o bem-estar coletivo.