A Justiça de São Paulo rejeitou um pedido feito pela defesa de Suzane von Richthofen para reduzir o número de sessões de acompanhamento psicológico e psiquiátrico às quais ela é submetida regularmente. Suzane, que foi condenada a 38 anos de prisão pelo envolvimento no assassinato de seus pais em 2002, solicitava a diminuição da frequência desses atendimentos, que atualmente ocorrem duas vezes por semana. Apesar da sugestão médica, o Tribunal de Justiça entendeu que o acompanhamento contínuo é fundamental para sua reabilitação e ressocialização.
Conforme informações do Tribunal de Justiça, Suzane participa de sessões semanais de psicologia e psiquiatria no Centro de Atenção Psicossocial de Bragança Paulista, localizado no interior do estado de São Paulo.
A defesa também destacou que Suzane vem realizando sessões de terapia online desde janeiro de 2023, de forma ininterrupta, o que tem contribuído para sua adaptação social e pessoal. Segundo seus advogados, o suporte psicológico oferecido tem sido eficaz, auxiliando a ré em sua reintegração à sociedade. No entanto, essa alegação não foi suficiente para convencer a Justiça a flexibilizar a periodicidade dos atendimentos, uma vez que a decisão considerou que o tratamento atual está produzindo resultados positivos.
Um dos pontos apresentados pela defesa foi o bom comportamento de Suzane durante as sessões. Os profissionais que a acompanham afirmam que ela tem demonstrado disciplina e serenidade ao comparecer pontualmente às consultas. Além disso, a defesa ressaltou que Suzane se encontra adaptada à sua nova rotina, que inclui os cuidados com o lar, a maternidade e seus estudos na faculdade de Direito. Essas condições foram usadas como argumentos para justificar a redução da frequência das sessões, mas, ainda assim, o pedido foi negado pela Justiça.
Outro fator considerado foi o parecer do Ministério Público, que se manifestou contrário à alteração no tratamento. Segundo o MP, não havia justificativa para a redução no número de sessões, uma vez que o acompanhamento psicológico e psiquiátrico tem sido crucial para o processo de ressocialização de Suzane.
Na decisão judicial, foi destacado que o acompanhamento psicológico e psiquiátrico de Suzane von Richthofen tem apresentado resultados positivos. O Tribunal ressaltou que o tratamento contínuo é parte essencial do processo de reabilitação e reintegração social, justificando a manutenção da frequência atual das sessões. A defesa de Suzane ainda não se pronunciou sobre a negativa do pedido, mas foi confirmado que os atendimentos seguem conforme o planejado, sem alterações.
Suzane von Richthofen cumpre pena de 38 anos pelo assassinato de seus pais, ocorrido em 31 de outubro de 2002.