O SBT, um dos gigantes da televisão brasileira, parece estar navegando por águas extremamente turbulentas, enfrentando talvez sua crise mais severa desde a sua fundação há quase 45 anos. Recentemente, a emissora surpreendeu ao cortar o programa SBT News, que conquistava os notívagos nas madrugadas, demitindo mais de 100 funcionários em um golpe só, uma notícia indigesta para muitos que dedicaram anos de suas vidas ao canal.
A tensão não para por aí. As produções de novelas, que durante a última década foram um trunfo da emissora, especialmente voltadas para o público infantojuvenil, estão na corda bamba. A mais recente produção, "A Caverna Encantada", estrelada pela jovem Mel Summers, tem lutado para manter a audiência, marcando apenas 5 pontos - um contraste gritante com o sucesso avassalador de "As Aventuras de Poliana", que alcançou três vezes mais em 2018.
Os desafios enfrentados pelo SBT são intensificados pelas questões orçamentárias. Conforme informado pela colunista Fábia Oliveira do Metrópoles, "A Caverna Encantada" não está cobrindo seus custos de produção, um sinal de alerta que leva a crer que a emissora pode voltar a apostar em reprises antigas de novelas que já conquistaram o público.
Mas não são só as produções dramáticas que estão sofrendo. O canal parece atravessar uma debandada de talentos: Regina Volpato está entre as estrelas que planejam deixar a emissora em dezembro, seguindo os passos de outras figuras de destaque como Eliana, Chris Flores, Cléber Machado e Christina Rocha.
Desde sua reativação com "Carrossel", em 2012, o núcleo de novelas infantojuvenis do SBT parecia ser uma aposta segura e popular. "Chiquititas", "Cúmplices de Um Resgate", "Carinha de Anjo", "Poliana Moça" e "A Infância de Romeu e Julieta" foram amados por muitos, mas, com as reprises saturando o público, o futuro parece incerto. Será que o SBT encontrará uma solução inovadora para sair deste marasmo financeiro e criativo? O tempo dirá, mas os fãs torcem para que a emissora consiga reverter este cenário conturbado.