O falecimento de Silvio Santos (1930-2024) completou duas semanas e sua filha Patrícia Abravanel já voltou a gravar o programa dominical do SBT sob forte emoção. Além dela, Silvia e Rebeca também têm programas na emissora, Iris, viúva do apresentador, escreve novelas, e Daniela está à frente da emissora, que apostou este ano na contratação de personalidades de sucesso na internet.
Luciano Callegari, ex-diretor da rede paulista entre 1981 (ano da fundação) até o começo dos anos 2000, afirmou reprovar a atual gestão do SBT, que atualmente ocupa o terceiro lugar no ranking de audiência nacional há 49 meses. "Não precisou o Silvio morrer para sabermos qual será o caminho do SBT", resumiu.
Até sua última internação, Silvio Santos pouco interferiu na grade do SBT, deixando de promover mudanças na programação e cancelamento de atrações, com exceção do carnaval, quando exigiu que o SBT mostrasse o desfile da Tradição de 2001 no qual foi homenageado (com imagens e locução da Globo). Aos 86 anos, Callegari lamentou o atual momento da emissora, que começou a brigar com a Record a partir de 2004.
O ex-diretor do SBT afirma torcer pela gestão de Daniela Beyruti, responsável por uma carta aos funcionários do grupo, porém ressalva. "Ela tem que descobrir alguma forma de melhorar o SBT. Faço votos para que ela consiga. Mas, até agora, não agradou. Transformar o SBT em 'Disney brasileira' é uma brincadeira, não pode ser levado a sério. A Daniela vai ter muitos problemas", concluiu.