**Durante sua participação no Lady Night, Tatá Werneck revelou ter enfrentado comentários negativos no ambiente de trabalho ao anunciar sua gravidez**
No programa "Lady Night", a humorista e apresentadora Tatá Werneck compartilhou uma experiência reveladora sobre o preconceito que enfrentou no ambiente de trabalho ao anunciar sua gravidez. A revelação não só trouxe à tona a questão do machismo estrutural no mercado de trabalho, mas também abriu uma discussão sobre os direitos das mulheres grávidas e a forma como a sociedade ainda lida com a maternidade.
Tatá Werneck, conhecida por sua irreverência e franqueza, relatou que, ao anunciar sua gravidez, foi questionada por uma pessoa que, segundo ela, ficou "p@#a" com a notícia.
A humorista destacou que, apesar de ser um direito garantido, a licença maternidade muitas vezes é vista como um problema ou uma inconveniência para empregadores e colegas de trabalho. "Eu tenho direito de ter tudo que a maternidade envolve, mas isso vira um problema", afirmou Tatá, que é mãe de Maria Clara, de 5 anos, fruto de seu relacionamento com o ator Rafael Vitti. A declaração de Werneck não só reflete sua experiência pessoal, mas também a de muitas outras mulheres que são confrontadas com o dilema de equilibrar a maternidade e a carreira.
Além disso, Tatá aproveitou a oportunidade para falar sobre outra faceta do machismo que enfrentou em sua juventude. Ela recordou sua participação em campeonatos de rima, um ambiente predominantemente masculino, onde sentiu a necessidade de adotar um comportamento mais masculino para ser aceita. "Não tinha uma menina, era só eu. E eu achava que, para isso, tinha que estar lá com o cabelo molhado, sem maquiagem, com uma blusa comprida (...) Eu tinha que me masculinizar para que eles me aceitassem como integrantes daquele grupo", contou. A necessidade de adaptar sua identidade para se encaixar em um ambiente onde a feminilidade era vista como uma fraqueza é um exemplo claro de como o machismo pode influenciar a autoexpressão e a participação das mulheres em diferentes esferas da vida.
A experiência de Tatá Werneck no "Lady Night" não só evidenciou a persistência do machismo no ambiente de trabalho, mas também destacou a importância da discussão sobre esses temas. A maternidade, longe de ser um empecilho, é um direito humano fundamental que deve ser respeitado e celebrado. A narrativa de Tatá serve como um lembrete de que as mulheres ainda precisam lutar por espaços onde possam ser elas mesmas, sem ter que esconder ou modificar suas identidades para se adequarem a expectativas antiquadas de gênero.
O impacto das palavras de Tatá foi sentido não apenas por sua audiência, mas também por todos aqueles que acompanham o debate sobre a igualdade de gênero no mercado de trabalho e na sociedade em geral. Ao compartilhar suas experiências, ela contribui para uma mudança cultural necessária, onde a maternidade e a feminilidade são vistas como forças, e não como obstáculos. Esta discussão, iniciada por Werneck, é um passo importante para a desconstrução de estereótipos e para a construção de um ambiente de trabalho mais inclusivo e compreensivo.