Testemunhas ouvidas pela Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) relataram que Benjamyn Leonel da Silva, de apenas 2 anos, vítima de traumatismo craniano, era submetido a maus-tratos em casa. O menino foi levado a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) com hematomas pelo corpo, indicando lesões anteriores.
Daniel Luiz Santana, de 28 anos, e Rafaela Vitória da Silva, de 18 anos, tiveram a prisão temporária decretada pela Justiça nesta quinta-feira (16) e são os principais suspeitos pela morte da criança.
Depoimentos indicam que a mãe de Benjamyn Leonel da Silva costumava agredi-lo com tapas como forma de "correção". Testemunhas também relataram que o comportamento do menino mudava quando estava perto do padrasto, sugerindo que ele sentia medo.
De acordo com a polícia, Benjamyn sofreu traumatismo craniano. Na tarde de quarta-feira (15), a mãe e o padrasto foram conduzidos à delegacia para prestar esclarecimentos sobre o caso.
Laudos periciais confirmaram que a causa da morte foi hemorragia interna no abdômen e laceração hepática, ambas resultantes de ação contundente, provavelmente provocadas por pancadas violentas.
Na segunda-feira (13), Benjamyn Leonel da Silva foi atendido na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Parque Lafaiete, em Duque de Caxias, após sofrer uma parada cardiorrespiratória. Apesar dos esforços da equipe médica, o menino não resistiu.
Além das lesões, Benjamyn apresentava sinais de desnutrição, o que levou os profissionais de saúde a acionarem a polícia.
Com base nos depoimentos colhidos e na análise do laudo de necropsia, a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) solicitou e obteve as prisões temporárias do casal, que responderá por homicídio qualificado contra menor de 14 anos.
O corpo da criança foi sepultado na tarde de quarta-feira (15), no Cemitério Tanque do Anil, em Duque de Caxias. O portal g1 tenta contato com a defesa dos suspeitos.
Nesta segunda-feira (20), a bisavó e a tia de Benjamyn Leonel da Silva, o menino de apenas dois anos que perdeu a vida de maneira trágica, retornaram à Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) para prestar novos depoimentos. Ambas, que viviam próximas à residência da mãe e do padrasto da criança, relataram que as agressões eram recorrentes no ambiente familiar.
O caso, que comoveu a população de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, tem repercutido amplamente desde o dia 14 de janeiro, quando Benjamyn foi levado já sem vida para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) na cidade. A equipe médica que o atendeu encontrou marcas de violência em seu corpo, o que levantou suspeitas imediatas sobre as circunstâncias de sua morte.