O ator Ney Latorraca faleceu nesta quinta-feira (26), aos 80 anos, em decorrência de uma sepse pulmonar, complicação originada pelo agravamento de um câncer
O artista foi diagnosticado com câncer de próstata em 2019 e passou por uma cirurgia para remoção da glândula, apresentando uma recuperação inicial satisfatória. No entanto, em agosto deste ano, a doença retornou em estágio de metástase, atingindo outras partes do corpo.
O câncer de próstata é uma das formas mais comuns da doença entre os homens. Ney enfrentou o desafio com coragem, mas o agravamento de seu estado de saúde resultou em sepse pulmonar. Esse quadro grave ocorre quando uma infecção desencadeia uma resposta inflamatória descontrolada, afetando a corrente sanguínea e comprometendo órgãos vitais.
A sepse pulmonar é uma condição grave que ocorre quando uma infecção nos pulmões, como pneumonia, desencadeia uma resposta inflamatória sistêmica. Os sintomas iniciais incluem febre alta, calafrios, falta de ar, frequência cardíaca acelerada e confusão mental.
O diagnóstico precoce é crucial para o tratamento eficaz da sepse pulmonar. Geralmente, envolve exames laboratoriais para identificar a infecção, como hemoculturas e culturas de secreção pulmonar, além de exames de imagem, como radiografia ou tomografia computadorizada, para avaliar os pulmões.
O tratamento inicial inclui o uso de antibióticos de amplo espectro para combater a infecção, seguido de ajustes com base nos resultados das culturas. Suporte ventilatório pode ser necessário em casos graves, para garantir a oxigenação adequada.
Antonio Ney Latorraca
Na televisão, destacou-se ao interpretar personagens marcantes da dramaturgia brasileira, como o vilão Mederix em (1975), o mulherengo Seu Quequé na minissérie (1984), o empresário Volpone e seus variados disfarces na novela (1985), o vampiro Conde Vlad em (1991), o malandro Barbosa no humorístico , o ingênuo Cornélio em (2000) e o picareta Edu em (2004).
No cinema, teve papéis de destaque como o Padre Anchieta em (1976) e o protagonista Arandir no drama (1980). Nos palcos, encenou diversas peças, com destaque para , que permaneceu em cartaz por onze anos e inspirou o filme (2006). Em 2017, retomou o papel de Vlad no musical , antes de se aposentar em 2019.