Fuhao Liu, Mingyang Li e An Hu chegaram ao Brasil em 24 de maio deste ano com visto de turismo e imediatamente iniciaram a abertura de empresas.
A máfia chinesa envolvida no mercado de jogos de azar online no Brasil teria contado com a colaboração significativa da advogada Adélia de Jesus Soares, conhecida por representar a influencer Deolane Bezerra.
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) está investigando os envolvidos, que estabeleceram empresas de fachada para atuar como instituições de pagamento, facilitando assim a lavagem de dinheiro. Os investigadores descobriram uma extensa operação de cassinos online ilegais, coordenada por uma rede de empresas interpostas. A advogada Adélia Soares está implicada como um elo importante neste esquema.
De acordo com a investigação, Fuhao Liu, Mingyang Li e An Hu entraram no Brasil em maio e, apesar de terem vindo como turistas, trataram da criação de empresas fraudulentas antes de deixar o país.
O esquema está associado ao chamado "Jogo do Tigrinho", uma prática ilegal de exploração de jogos de azar. A apuração revelou que a PlayFlow Processadora de Pagamentos Ltda., recentemente criada, é um dos principais focos da investigação. Com o rompimento de contratos com outras empresas, o grupo chinês criou a PlayFlow para receber pagamentos de apostas ilegais. Esta empresa foi registrada na Junta Comercial de São Paulo em julho de 2024, e Adélia Soares, como administradora, está sendo acusada de participação ativa no esquema devido à irregularidade no processo de registro e ao uso de documentos falsificados.
Adélia Soares foi indiciada por falsidade ideológica e associação criminosa, com base em sua participação na constituição da empresa de fachada, que facilitou a operação ilegal e a ocultação dos responsáveis reais. Embora não esteja diretamente acusada de lavagem de dinheiro, a conexão com a empresa AnSpacePay, que usava CPFs de pessoas falecidas e operações fraudulentas para enviar dinheiro ao exterior, é um ponto crucial na investigação.
Adélia Soares, com 44 anos, possui um histórico profissional considerável, tendo atuado como diretora do Procon de Suzano e presidente da Comissão de Proteção e Defesa do Consumidor da OAB. Desde 2003, é proprietária do escritório Adélia Soares Advogados e, desde 2015, defende diversas figuras públicas.
Em resposta às acusações, Adélia afirma estar colaborando com as autoridades e refuta as alegações, que considera infundadas e resultado de um golpe envolvendo seu nome. Ela reafirma seu compromisso com a ética e a legalidade e está disposta a fornecer mais esclarecimentos conforme necessário.