A prisão de Deolane Bezerra, alvo de uma operação policial que investiga lavagem de dinheiro e jogos ilegais, provocou um grande alvoroço na internet e na imprensa ao longo desta quarta-feira (4). Um dos maiores influenciadores digitais do país, Felipe Neto deu sua opinião sobre o caso.
Para o youtuber, os supostos valores atribuídos à advogada - a Polícia Civil apreendeu R$ 2,1 bilhões de todos os envolvidos - não fariam sentido, uma vez que são incompatíveis com o que é possível faturar nesse nicho. Felipe Neto é dono de uma empresa que agencia influencers, a Play 9.
"Nenhum influenciador do Brasil possui patrimônio bilionário, até onde se sabe.
"Não digo isso apenas como influenciador. Sou dono da Play9, empresa que hoje agencia quase 100 influenciadores, incluindo alguns dos maiores do Brasil. Conheço valores, negociações, quem ganha mais, quem ganha menos. Se alguém construiu patrimônio bilionário, no mínimo há de se investigar a origem", sugeriu Felipe Neto.
Por fim, ele falou sobre a situação de Deolane Bezerra. "Agora, sobre a Deolane, falta explicar se o patrimônio de R$ 2 bilhões apreendidos seriam dela e da família, ou de um somatório de coisas, incluindo a própria plataforma de apostas.
Além de Deolane Bezerra e Solange Alves, mãe da advogada, foram expedidos 17 mandados de prisão e outros 24 de busca e apreensão nas cidades de Recife (PE), Campina Grande (PB), Barueri (SP), Cascavel (PR), Curitiba (PR) e Goiânia (GO).
A influenciadora digital foi levada para o Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri), em Afogados, na Zona Oeste da capital pernambucana, onde ficou detida e prestou depoimento.
A Polícia Civil ainda decretou o sequestro de bens dos envolvidos, como carros de luxo, imóveis, joias, aeronaves e embarcações, pediu o bloqueio de ativos financeiros no valor de R$ 2,1 bilhões e determinou a entrega dos passaportes e a suspensão do porte e registro de armas de fogo.
Outro alvo da operação é o empresário Darwin Henrique da Silva Filho, CEO da casa de apostas Esportes da Sorte. O denunciado não foi encontrado em seu apartamento na Avenida Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, mas a polícia apreendeu joias e dinheiro no local.
Segundo a polícia, a investigação foi iniciada em abril de 2023, com o objetivo de identificar e desarticular uma organização criminosa voltada à prática de jogos ilegais e lavagem de dinheiro.