O que parecia ser apenas um incômodo comum na garganta se revelou um caso inusitado e alarmante para uma jovem japonesa de 25 anos. Moradora de Tóquio, ela buscou ajuda médica após sentir desconforto persistente na região, acreditando que pudesse estar com um simples resfriado. No entanto, o que os profissionais de saúde encontraram surpreendeu a todos: uma lombriga viva de aproximadamente 4 centímetros alojada em uma de suas amígdalas.
O caso foi atendido no Hospital Internacional St. Luke's, onde a paciente relatou sintomas gripais e irritação na garganta. Ao examiná-la, os médicos identificaram um pequeno organismo escuro preso na amígdala. Para a remoção, foi utilizada uma pinça cirúrgica, e a descoberta chocante veio logo depois: o parasita ainda estava vivo após ser retirado do corpo da paciente.
Após o susto, os especialistas investigaram a origem do parasita e descobriram que se tratava de um verme comumente encontrado em pessoas que consomem peixe cru ou carnes não cozidas adequadamente. Questionada sobre seus hábitos alimentares, a jovem confirmou que, poucos dias antes de apresentar os sintomas, havia ingerido sashimi, um prato tradicional japonês preparado com peixes e frutos-do-mar crus.
Este tipo de infecção é causada por parasitas que podem estar presentes em alimentos crus, principalmente em peixes de água salgada. Ao serem ingeridos, esses vermes podem se alojar no trato digestivo e, em casos mais raros, como o da jovem japonesa, fixar-se em outras partes do organismo, provocando sintomas desconfortáveis.
O consumo de pratos como sushi e sashimi tem se tornado cada vez mais popular ao redor do mundo, mas também tem levantado preocupações sobre os riscos associados à presença de parasitas nos alimentos. Vermes como o encontrado na garganta da paciente são conhecidos como nematóides, um tipo de parasita que pode ser ingerido ao consumir peixes crus contaminados.
Embora muitos restaurantes sigam rigorosos protocolos sanitários para evitar contaminação, alguns casos isolados ainda ocorrem. Segundo especialistas, a melhor maneira de prevenir infecções parasitárias é garantir que o peixe tenha sido corretamente congelado antes do consumo, uma vez que temperaturas muito baixas podem eliminar esses organismos.
Felizmente, após a remoção do parasita, a jovem japonesa apresentou uma recuperação rápida e não teve complicações graves. No entanto, o caso serve como alerta para os amantes da culinária japonesa e outros pratos que envolvem ingredientes crus.
Médicos recomendam que consumidores de sashimi e sushi verifiquem sempre a procedência dos alimentos e garantam que os peixes tenham passado pelos processos adequados de conservação. Além disso, sintomas como dores persistentes na garganta, irritação ou sensação de corpo estranho devem ser investigados por profissionais de saúde para evitar complicações maiores.
Apesar do impacto do ocorrido, situações como essa são relativamente raras, e o consumo de sashimi segue seguro quando preparado corretamente. O importante é estar atento à qualidade dos alimentos e conhecer os riscos envolvidos para evitar surpresas desagradáveis como a vivida por essa jovem japonesa.