Um pastor da cidade de Soweto, localizada na região metropolitana de Johanesburgo, na África do Sul, está no centro de uma grande polêmica após protagonizar um evento que chocou fiéis e gerou indignação em diversos setores da sociedade. Alph Lukau, líder da igreja Alleluia, realizou um ritual no qual supostamente teria "ressuscitado" um homem que estava dentro de um caixão. O episódio ocorreu do lado de fora do templo, diante de uma multidão de seguidores que acompanharam a cena com grande entusiasmo.
Após o suposto milagre, o homem que teria voltado à vida foi levado para o interior da igreja, onde recebeu comida na boca enquanto se recuperava da experiência, que muitos consideraram bizarra e questionável. O acontecimento rapidamente ganhou repercussão, provocando reações adversas tanto entre líderes religiosos quanto na sociedade em geral.
Organizações religiosas tradicionais se manifestaram veementemente contra as ações de Lukau, acusando-o de explorar a fé dos mais pobres e vulneráveis para benefício próprio. A indignação se espalhou e, além das críticas de fiéis e religiosos, a polêmica atingiu também a esfera judicial. A Kingdom Blue, empresa responsável pela fabricação do caixão utilizado no evento, anunciou que está processando Lukau, alegando que sua marca foi indevidamente envolvida na encenação da "ressurreição".
Com a crescente repercussão do caso, a igreja Alleluia Ministries International se viu obrigada a emitir um posicionamento oficial para justificar os acontecimentos. De acordo com informações divulgadas pelo site "The Sowetan", a instituição reformulou sua versão da história e afirmou que o homem não teria sido realmente ressuscitado por Lukau.
Apesar da tentativa de retratação, o caso continuou gerando desdobramentos e se tornou um fenômeno nas redes sociais. Muitos internautas passaram a ridicularizar o episódio, criando memes e sátiras para ironizar a suposta ressurreição. A onda de humor gerou até mesmo um desafio online, o #ResurrectionChallenge, em que usuários publicavam vídeos e fotos imitando a cena do homem dentro do caixão e sua suposta volta à vida.
O episódio levantou debates sobre a ética de certas práticas religiosas e os limites entre a fé e a exploração da credulidade popular.
Independentemente da veracidade da ressurreição proclamada por Lukau, o episódio evidencia como a religião, quando aliada ao sensacionalismo, pode gerar impacto tanto no meio religioso quanto no âmbito social, despertando fervor, ceticismo e debates acalorados.