Ilines Valença da Silva, de 29 anos, foi brutalmente assassinada pelo marido, Valdernir da Silva, de 39 anos, também personal trainer, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense. O crime chocante veio à tona nesta segunda-feira (27), com a prisão de Valdernir. Durante sua chegada à delegacia, familiares de Ilines, inconformados com a tragédia, tentaram agredi-lo.
O corpo de Ilines foi encontrado na casa do casal. Inicialmente, Valdernir alegou que a esposa, que sofria de depressão, teria tirado a própria vida. No entanto, investigações desmontaram essa versão, revelando, com base em câmeras de segurança e depoimentos, que a relação do casal era marcada por violência e ameaças constantes.
Conforme depoimentos colhidos pela polícia, Ilines enfrentava agressões físicas e psicológicas no relacionamento.
Infelizmente, a história de Ilines reflete um problema recorrente no Brasil, onde, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, uma mulher é vítima de feminicídio a cada sete horas.
O casal trabalhava junto em uma unidade da academia Smart Fit, em Belford Roxo. Colegas descreveram Ilines como uma profissional dedicada e querida, mas nem mesmo os mais próximos tinham total dimensão dos abusos que ela enfrentava.
A perícia e as imagens de segurança foram cruciais para desmontar a versão inicial de Valdernir. Depoimentos confirmaram que Ilines já vinha sofrendo ameaças constantes e havia manifestado sua intenção de sair do relacionamento.
O sepultamento de Ilines acontecerá na manhã desta segunda-feira no cemitério Jardim da Saudade, em Mesquita. Amigos, familiares e alunos da academia estão em choque, lamentando a perda de uma jovem cheia de sonhos e futuro.
A tragédia reforça a urgência de discutir e combater a violência contra a mulher, um problema que continua a fazer vítimas diariamente. No último ano, o número de feminicídios aumentou em diversos estados do Brasil, deixando um rastro de dor e indignação.
O caso de Ilines não pode ser apenas mais um número na estatística de feminicídios. É necessário que a sociedade discuta abertamente os sinais de abuso e amplie iniciativas de prevenção, como campanhas de conscientização e políticas públicas que protejam as mulheres.
Além disso, é essencial que amigos, familiares e colegas fiquem atentos a sinais de violência em seus círculos. Mesmo pequenas ações de apoio podem ser decisivas para salvar vidas.
Ilines Valença da Silva tinha 29 anos, uma vida repleta de sonhos, interrompida de forma trágica e cruel. Que sua história seja um alerta para todos nós sobre a urgência de enfrentar a violência de gênero e proteger as mulheres de futuros semelhantes.