A família de Marcola também apresentou uma petição demonstrando preocupação com a saúde mental do detento. Marco Willians Herbas Camacho, conhecido como Marcola, é considerado o líder da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) e atualmente está em isolamento prolongado na Penitenciária Federal de Brasília (PRBra). A petição, que tramita em segredo de Justiça, foi enviada ao juiz corregedor da prisão.
O documento, ao qual a reportagem teve acesso, relata que os parentes de Marcola, durante visitas, notaram sinais de desorientação e confusão no preso, além de "oscilações na percepção da realidade".
Além disso, a petição aponta que, há aproximadamente um mês, Marcola foi transferido para a enfermaria da PFBra sem explicações claras. Segundo o advogado Bruno Ferullo, que assina o pedido, essa medida indicaria a intenção de manter Marcola isolado. A defesa argumenta que o isolamento prolongado e a falta de interação social podem causar graves problemas psicológicos, como ansiedade, depressão, psicose e perda de contato com a realidade.
Diante dessa situação, o advogado de Marcola solicitou uma avaliação psicológica para medir os efeitos do isolamento na saúde mental do preso.
A coluna Na Mira procurou a Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) para obter um posicionamento sobre a situação, mas até o momento não recebeu resposta. O espaço permanece disponível para futuras declarações.
Marco Willians Herbas Camacho, conhecido como Marcola, é um notório líder do Primeiro Comando da Capital (PCC), uma das facções criminosas mais poderosas do Brasil. Nascido em 1967, Marcola ganhou notoriedade por seu papel central na organização criminosa, que tem envolvimento em tráfico de drogas, extorsão e outros crimes.
Sua trajetória criminal começou em São Paulo, onde rapidamente ascendeu dentro da hierarquia do PCC.
Marcola também é conhecido por sua resistência à cooperação com as autoridades e por sua habilidade em manter o controle da facção mesmo sob condições adversas. As constantes movimentações judiciais e o isolamento extremo têm sido temas de discussões sobre os impactos na sua saúde mental e nos direitos dos detentos.