O X, anteriormente conhecido como Twitter, está sendo processado pelo STF após o fechamento de sua representação oficial no Brasil e a não observância de decisões judiciais. Na noite de quinta-feira (29/8), a plataforma informou que não atendeu à ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, para designar um novo representante legal no país. Em comunicado, a empresa indicou que aguarda uma possível decisão de Moraes para bloquear o X no Brasil.
O prazo concedido para que o X, pertencente ao bilionário Elon Musk, respondesse às solicitações do ministro expirou às 20h07 de quinta-feira (29/8). Moraes havia emitido um mandado digital na noite anterior, exigindo que a empresa apresentasse um novo representante legal no Brasil em até 24 horas, sob ameaça de suspensão da plataforma caso a ordem não fosse cumprida.
No comunicado sobre o descumprimento, o X classificou as ordens de Moraes como “ilegais” e alegou que têm como objetivo “censurar opositores políticos”. A nota afirma ainda que as tentativas de contestar essas ordens foram rejeitadas ou ignoradas e critica a falta de ação dos demais ministros do STF em relação a Moraes.
A nota completa afirma que o X não pretende cumprir ordens que violem as leis brasileiras, prometendo divulgar todas as exigências e documentos judiciais relacionados para garantir transparência. A empresa também reafirma seu compromisso com a liberdade de expressão, tanto para seus usuários no Brasil quanto em outros países.
Elon Musk adquiriu o Twitter em 27 de outubro de 2022, pagando aproximadamente 44 bilhões de dólares pela plataforma.
O Twitter foi fundado em março de 2006 por Jack Dorsey, Noah Glass, Biz Stone e Evan Williams. Inicialmente, era uma plataforma de microblogging para mensagens curtas, mas rapidamente ganhou popularidade global como um espaço para discussão de notícias, opinião pública e interações sociais. Em seus primeiros anos, o Twitter tornou-se um importante meio de comunicação em tempo real e uma plataforma influente para jornalistas, políticos e celebridades.
A aquisição por Musk visava transformar o Twitter em uma plataforma mais abrangente, com o objetivo de se tornar um "superaplicativo" que oferece uma variedade de serviços além das redes sociais, refletindo a visão de Musk de um espaço digital mais livre e inovador.