Um acidente trágico envolvendo um carro e uma moto resultou na morte de um pai e seu filho na noite da última terça-feira (1°) na zona rural de Floresta, no Sertão de Pernambuco. A colisão ocorreu na entrada da comunidade São Gonçalo, às margens da rodovia estadual PE-390, nas proximidades de Nazaré do Pico.
As vítimas foram identificadas como Mateus, de 25 anos, e seu pai, Fernando, de 55 anos. Em declaração ao g1, a Polícia Civil informou que ambos faleceram após uma colisão frontal entre a moto em que estavam e um veículo. Os corpos foram enviados ao Instituto de Medicina Legal, e um inquérito policial foi aberto para investigar as circunstâncias do acidente.
Os motoristas de carros em Pernambuco estão entre os mais afetados por acidentes de trânsito relacionados ao trabalho, conforme um levantamento do Ministério da Saúde. Entre 2007 e 2016, foram registrados 88 óbitos de motoristas, e no total, 353 mortes em todos os tipos de transporte no estado. O estudo considerou acidentes ocorridos durante o trabalho ou no trajeto para o local de trabalho.
Ao longo de 11 anos, Pernambuco registrou 1.513 notificações de acidentes de transporte relacionados ao trabalho, com os anos de 2014 (253) e 2016 (267) apresentando os maiores números anuais. Em 2017, houve uma redução de 33,7%, com 177 acidentes.
Na região Nordeste, foram contabilizadas 2.911 mortes, sendo 752 de motoristas de carros e 572 de motociclistas. A região também se destacou com um alto número de acidentes, totalizando 19.226 entre 2007 e 2016, com um pico em 2016 (3.058) e 2015 (2.625). Em 2017, a região registrou uma diminuição de 48,2% nas notificações, com 1.584 casos.
No Brasil, o estudo trouxe que, oito em cada 10 acidentes de trânsito relacionados ao trabalho foram sofridos por homens. Por faixa etária, os jovens com idades entre 18 e 29 anos foram as maiores vítimas (40,1%) e quase metade desses acidentes ocorreram nos estados da região Sudeste (47,5%). Quando falamos em lesões, o Sinan registrou que 22,5% delas foram ocorridas em membros inferiores e 15,7% nos superiores. Desses acidentes, 63% evoluíram para incapacidade temporária.